O saldo da balança comercial no último mês de janeiro foi positivo em US$ 2,2 bilhões, com as exportações atingindo US$ 25,2 bilhões e as importações somando US$ 23 bilhões. Apesar do superavit, a balança teve um resultado bastante inferior se comparado a um ano antes. Em janeiro de 2024, o saldo foi de US$ 6,2 bilhões, o que indica que, na comparação entre os dois meses, houve uma queda de 65,1% no resultado do comércio exterior.
A queda brusca das exportações se deve principalmente à diminuição do valor obtido com a venda de produtos agropecuários e da indústria extrativa, respectivamente, de 10,1% e 13,6%. No caso do agro, houve queda tanto de valor quanto de volume exportado no mês. Já a indústria de transformação ficou estável em relação ao valor comercializado, com uma ligeira baixa no volume destinado à exportação.
Entre as importações, houve um aumento expressivo tanto de volume quanto de valor comercializado entre os bens de capital e bens intermediários. Entre os combustíveis, apesar do aumento do volume exportado, houve uma queda de preço, resultado da desvalorização destes produtos em relação ao ano anterior.
Em 2024, o superavit da balança comercial chegou a US$ 74,17 bilhões, com crescimento de 9,2% das importações e queda de 0,8% das exportações. No ano passado, a agropecuária também contribuiu para a queda mais intensa das exportações.
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Exportações de soja registram queda de 70%
No primeiro mês do ano, o valor obtido com as exportações de soja — principal commodity produzida no país — registraram uma queda impressionante de 70,1% em relação a janeiro de 2024. Em relação ao volume exportado, a queda foi de 62,4%. Para o diretor do departamento de planejamento e inteligência comercial do Ministério do Desenvolvimento, Herlon Alves Brandão, a queda expressiva é resultado de uma mudança no período de colheita da soja.
“No ano passado, nós vimos os embarques de soja se concentrarem mais nos primeiros meses. Em janeiro, já teve um embarque significativo, embora não seja um mês de pico. E, neste ano, observamos que, provavelmente, no caso da soja, os maiores volumes vão ocorrer mais para frente no ano, o que influencia esse resultado da agricultura”, explica Brandão.
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