22 de Fevereiro de 2025

Promessa de 2º turno agitado nas eleições presidenciais no Equador


O inesperado resultado do primeiro turno das eleições presidenciais no Equador, um país dividido e assolado pela violência do narcotráfico, anuncia uma disputa acirrada nos próximos dois meses — os eleitores retornam às urnas para a decisão final em 13 de abril. Com 93% das urnas apuradas, havia um empate técnico entre o presidente Daniel Noboa (44,26%) e a esquerdista Luisa González (43,84%). O líder indígena Leonidas Iza obteve 5,30% dos votos.

"Vencemos o primeiro turno contra todos os partidos do Velho Equador", celebrou, ontem, o governante de 37 anos, que esperava sair reeleito no domingo. Luisa González, por sua vez, afirmou que a eleição foi "uma luta de Davi contra Golias".

Os dois presidenciáveis repetirão o duelo das atípicas eleições de 2023, nas quais Noboa se tornou um dos presidentes mais jovens do mundo. "Os resultados foram realmente surpreendentes. Os candidatos estiveram praticamente lado a lado", disse à agência de notícias France Presse o jovem Ronald Armas, em Quito. Ontem, os jornais destacavam o resultado apertado: "Aos pênaltis em abril!", estampava um deles.

Os equatorianos chegaram ao primeiro turno da eleição pressionados por uma crise econômica e presos no fogo cruzado de gangues criminosas que disputam o controle do tráfico de cocaína. A população sente os impactos de um Estado endividado, com uma taxa de pobreza de 28% e concentrado em financiar a custosa guerra contra o narcotráfico.

Em 2023, o país registrou o recorde de 47 homicídios para cada 100 mil habitantes, mas, após 14 meses do governo de Noboa, essa taxa caiu para 38/100 mil. "A população ainda não soube avaliar tudo o que está acontecendo em termos de segurança, economia, trabalho e emprego", afirmou Wilson Bravo, em Quito.

Herdeira política do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), González briga para se tornar a primeira mulher presidente eleita do Equador. "Espero que, no Equador, eles gritem em breve 'presidenta com A' e que as relações México-Equador possam ser restabelecidas", disse, ontem, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum.

Os dois países romperam após uma operação policial ordenada por Noboa na embaixada mexicana em Quito para prender o ex-vice-presidente correísta Jorge Glas. A operação foi condenada por dezenas de países e rendeu ao Equador uma ação judicial na Corte Internacional de Justiça. Glas está sendo investigado por corrupção.

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Fonte: correiobraziliense

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