22 de Fevereiro de 2025

Como a atividade física pode ajudar na recuperação da depressão?


Segundo estudo divulgado pela empresa norte-americana, especializada em informações sobre saúde e medicina, Web MD, o exercício físico regular auxilia no tratamento de doenças cardiovasculares e em patologias como diabetes, hipertensão arterial, colesterol e AVC. Para a saúde mental, a prática atua na melhora do sono, redução do estresse e ansiedade, e diretamente no combate à depressão.

Embora o tratamento medicamentoso reduza os sintomas de depressão mais rapidamente, a longo prazo nota-se que os efeitos da prática de exercícios se mostram de igual resultado. Isso é possível graças à endorfina, dopamina e serotonina, um trio de hormônios que entram em ação quando uma pessoa se exercita. 

As endorfinas são moléculas que interagem com receptores no cérebro, os quais reduzem a percepção de dor. Já a dopamina é responsável por levar informações do cérebro para várias partes do corpo e é conhecida como um dos hormônios da felicidade. Quando liberada, gera a sensação de recompensa, prazer, satisfação e aumenta a motivação. Da mesma forma, a serotonina ajuda no controle do humor e emoções, além de influenciar nas habilidades motoras e no fluxo sanguíneo pelo corpo.

Contudo, nem sempre é fácil transformar intenções em ações, especialmente para quem enfrenta a depressão. Médico do esporte e especialista da BurnUp, healthtech focada em saúde mental e emocional, Marcial Pereira explica que, para essas pessoas, realizar atividades físicas regularmente pode ser ainda mais desafiador, principalmente por causa das alterações nos neurotransmissores.

“A redução de neurotransmissores responsáveis por gerar a sensação de bem-estar, como a serotonina e a dopamina, pode impactar negativamente no desejo de praticar exercícios. A pessoa com depressão se sente mais apática e fadigada com a redução dessas moléculas que atuam no cérebro”, aponta Marcial.

De acordo com o médico e educador físico, outros dois fatores que impactam na prática de exercícios físicos por parte das pessoas que sofrem com a depressão são a baixa autoconfiança e a falta de apoio social. O especialista comenta que a falta de fé em si pode afetar a motivação para o exercício e isso se manifesta de diferentes maneiras, tais como medo de falhar no atingimento de metas ou o de expor o corpo na academia. Esses receios podem gerar inseguranças que levam ao abandono da atividade.

“Além disso, a pessoa com depressão tende a sentir-se solitária e, no geral, essa sensação de solidão pode gerar uma falta de motivação para se manter em atividades físicas. A presença de amigos e familiares nesse momento é ideal para a busca do bem-estar, principalmente quando falamos de quadros depressivos. Por isso, reconhecer esses desafios é o primeiro passo para oferecer apoio e criar estratégias que favoreçam a adesão à atividade física”, acrescenta.

Portanto, para quem sofre de depressão, o mais indicado, conforme aponta o especialista, é encontrar uma atividade física confortável, algo que desperte o interesse. Entre as opções mais eficazes estão:

Praticar atividades que tragam prazer e sejam adaptáveis à rotina pode ser o primeiro passo para vencer o sedentarismo e desfrutar dos benefícios que o exercício físico regular proporciona para quem enfrenta a depressão.

 “O importante é começar aos poucos, escolhendo algo prazeroso e de fácil acesso, perto de casa ou do trabalho, por exemplo. Depois, é importante estabelecer pequenas metas alcançáveis e buscar apoio, de amigos, familiares ou até mesmo uma supervisão profissional”, reforça Marcial.

Fonte: correiobraziliense

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