22 de Fevereiro de 2025

Único inseto da Antártida tem mecanismo de sobrevivência desvendado


O mosquito-da-antártida (Belgica antarctica) é uma espécie de mosquito que não voa e vive no continente da Antártida. Apesar dos climas extremos, o inseto consegue sobreviver ao ambiente  de temperaturas congelantes. 

Buscando desvendar alguns mistérios sobre o inseto, pesquisadores da Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão, descobriram que o mosquito lida com as estações durante o ciclo de vida, de cerca de dois anos, passando por quiescência no primeiro ano e diapausa obrigatória no segundo.

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Quiescência é uma forma de dormência em resposta imediata a condições adversas, e quando as condições melhoram, o organismo do inseto se torna ativo novamente. Já a diapausa obrigatória é um período de dormência naturalmente induzido em um tempo fixo no ciclo de vida de um organismo, uma forma rara vista em insetos em regiões temperadas.

"Conseguimos estabelecer um método para criar o mosquito-da-antártida durante um período de seis anos para descobrir alguns de seus mecanismos de adaptação ambiental", explicou Mizuki Yoshida, um dos responsáveis pelo estudo. 

Os pesquisadores descobriram que as larvas dos mosquitos antárticos crescem até o segundo estado de metamorfose no primeiro inverno e passam por quiescência para retomar o desenvolvimento rapidamente quando o tempo fica mais quente. 

Quando o segundo inverno se aproxima, as larvas atingem o quarto estado de metamorfose final, mas não se transformam em pupas. Em vez disso, entram em diapausa obrigatória para que todas emerjam como adultas quando o verão chega. 

Quando adultas, vivem apenas alguns dias e precisam encontrar um parceiro, logo esse mecanismo de tempo é essencial para a sobrevivência do inseto. "Determinamos que, para o mosquito antártico, a diapausa obrigatória termina com o início de baixas temperaturas no inverno, de modo que todas as larvas se tornam pupas ao mesmo tempo e emergem como adultos ao mesmo tempo", ressaltou G. Goto, também autor da pesquisa. 

"Embora estratégias de adaptação sazonal envolvendo hibernação várias vezes usando quiescência e diapausa obrigatória não tenham sido relatadas em outros organismos, acreditamos que insetos que habitam ambientes hostis como o Ártico e altas altitudes podem estar empregando estratégias semelhantes", completou. 

Fonte: correiobraziliense

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