22 de Fevereiro de 2025

Proteína pode ser usada no tratamento de doenças autoimunes e alergias


A partir da identificação de uma proteína essencial que pode ajudar a prevenir reações erradas do sistema imunológico, cientistas do Hospital Houston Methodist, nos Estados Unidos, descobriram um potencial alvo terapêutico para o tratamento de doenças autoimunes e alergias. A descoberta, publicada no Journal of Clinical Investigation, abre novas perspectivas para o tratamento de condições como lúpus, esclerose múltipla e reações alérgicas.

A equipe investigou a proteína Apex1 e sua função na proteção do DNA das células imunes. De acordo com o estudo, a substância é crucial no processo de multiplicação das células T — células imunológicas responsáveis por ataques autoimunes em condições, como doenças autoimunes e alergias. Os cientistas descobriram que a inibição ou remoção da Apex1, poderia bloquear de maneira eficaz a ativação das células T, impedindo que elas causassem danos típicos das doenças autoimunes e das reações alérgicas. Em modelos animais de lúpus e esclerose múltipla, a ausência do gene impediu a manifestação dos sintomas.

"Ficamos surpresos com a potência de suprimir várias doenças autoimunes — não apenas na prevenção, mas também no tratamento, uma vez que as doenças já estavam estabelecidas, ao bloquear essa única molécula, a Apex1", frisou Xian Li, líder da pesquisa e diretor do Centro de Ciência em Imunobiologia e Transplante, no Houston Methodist. Os cientistas descobriram a morte das células T prejudiciais após a inibição. O que sugere que a proteína não só é essencial para o funcionamento das T, mas também pode ser explorada para eliminar células imunes indesejadas.

A médica Maria Elisa Bertocco Andrade, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), frisa que a nova proposta de tratamento se difere por agir em um ponto focal de controle de células T. "É super interessante e potencialmente importante. Muitos imunossupressores agem em diversas células do sistema imune e podem ter efeitos adversos mais amplos."

Maria Elisa Bertocco Andrade alerta para a necessidade de mais estudos na área. "Não se sabe se o Apex1 também afeta outros tipos de células imunológicas e como interage com outras vias de reparo —, por exemplo, Apex2 — na manutenção da estabilidade genômica e também não temos conhecimento sobre a amplitude de sua ação e possíveis efeitos adversos de seu uso clínico." (IA)

 

Fonte: correiobraziliense

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