22 de Fevereiro de 2025

Hamas recua e vai libertar reféns israelenses


Após dias de muita tensão, que deixaram por um fio a trégua na Faixa de Gaza, o movimento islamista Hamas anunciou, ontem, que vai cumprir o acordo firmado com Israel e libertar três reféns amanhã. O grupo radical recuou na ameaça de suspender o cronograma após acusar o governo de Benjamin Netanyahu de bloquear a entrada de ajuda humanitária no enclave e atrasar o retorno dos palestinos ao norte do território.

O porta-voz do governo israelense, David Mencer, alertou que a estrutura do acordo "estabelece claramente que três reféns vivos devem ser libertados no sábado" pelo Hamas. Mencer advertiu que, se não forem soltos até o meio-dia, "o cessar-fogo terminará".

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Os ânimos foram aplacados graças à ação de Egito e Catar, os principais negociadores da trégua, ao lado dos Estados Unidos. A primeira fase do acordo de trégua, que entrou em vigor em 19 de janeiro, em Gaza, permitiu cinco trocas de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.

Na terça-feira, diante do iminente descumprimento do pacto, Netanyahu ameaçou o Hamas com "combates intensos" na Faixa de Gaza. Tropas israelenses foram reforçadas em torno do enclave. O governo deixou reservistas em alerta. De Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, frisou que, se o movimento islamista não libertasse "todos" os prisioneiros em Gaza, o "inferno" se instalaria.

Duas fontes palestinas ouvidas pela agência France Presse (AFP) relataram "progressos", informando que os mediadores conseguiram fazer com que Israel prometesse implementar as disposições do protocolo humanitário. Se essa promessa for confirmada, materiais pré-fabricados, tendas, combustível, medicamentos, materiais para reforma de hospitais e suprimentos relacionados ao protocolo humanitário vão começar a ser levados para Gaza.

Um porta-voz de Netanyahu disse que o governo israelense não permitiria que "maquinário pesado" entrasse em Gaza pelo posto de Rafah, que fica ao sul do território e se conecta ao Egito. Após o cessar-fogo, em vigor desde 19 de janeiro, centenas de milhares de deslocados retornaram ao norte da Faixa de Gaza, uma área deixada em ruínas pelos combates. "Gaza se tornou um inferno insuportável, não podemos viver com esse nível de destruição", desabafou Abdul Naser Abu al Omrain.

Ontem, o cardeal secretário de Estado Pietro Parolin, o número dois do Vaticano, rejeitou a proposta de Donald Trump, de deslocar a população de Gaza, e afirmou que os palestinos devem "permanecer em sua terra". "Esse é um dos pontos fundamentais da Santa Sé: nenhuma deportação", disse. "A solução, na nossa opinião, é a de dois Estados, porque isso também significa dar esperança à população."

Fonte: correiobraziliense

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