O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Dyogo Oliveira, apontou a relevância de uma maior cobertura para o agronegócio, destacando os impactos das mudanças climáticas. Ele fez um alerta sobre o setor — que representa 25% do PIB brasileiro, um quarto da economia do país.
Apesar da relevância para a economia, apenas 6% da área plantada no Brasil possui seguro rural, segundo Oliveira. Ele ressaltou que o dado é preocupante diante de possíveis mudanças climáticas. "Esse é um tema que está na pauta prioritária para este ano", disse.
Com a crescente instabilidade climática, que tem tornado o clima mais imprevisível, Oliveira ressaltou que o agronegócio brasileiro está sob risco. "O fato é que o clima se tornou muito mais instável no Brasil", alertou.
Ele apontou que a solução para mitigar os riscos é simples: a ampliação do seguro rural. A falta de seguro agrícola, segundo Dyogo Oliveira, impacta diretamente no crédito rural, pois produtores que enfrentam perdas em suas safras acabam se endividando e não conseguem pagar seus financiamentos, o que leva à inadimplência.
"O problema, atualmente, é o risco climático. A pessoa que perde a safra do ano, no ano seguinte, vai estar endividada e não consegue pagar o financiamento".
Dyogo Oliveira também acredita que o futuro dos setores de seguros, franquias e agronegócio tem a necessidade de adaptação a novas realidades, como a digitalização e as mudanças climáticas. O crescimento do setor de seguros no Brasil é uma prova de que a diversificação e a inovação são caminhos para o sucesso. No entanto, o maior desafio é a conscientização sobre a importância da proteção, seja no âmbito residencial ou rural.
A expansão dos canais de distribuição, incluindo o modelo de franquias, tem servido para levar os seguros a um número maior de brasileiros. No agronegócio, a urgência da implementação de seguros rurais para proteger os produtores contra riscos climáticos e financeiros é nítida.
O setor de franquias no Brasil segue em ascensão e se consolida como um dos motores da economia nacional. Segundo Tom Moreira Leite, presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o mercado de franquias alcançou um faturamento de R$ 273 bilhões em 2024, representando 2,2% do PIB brasileiro. O franchising no país abrange 198 mil unidades franqueadas e emprega diretamente mais de 1,7 milhão de brasileiros.
Diferentemente de uma indústria convencional ou de um setor econômico isolado, o franchising integra diferentes segmentos, como moda, saúde, beleza, bem-estar, alimentação e serviços financeiros. Esse modelo de negócio possibilita que pequenos empreendedores ingressem no mercado de forma estruturada, com suporte de franqueadoras e modelos já testados. O faturamento médio mensal de uma unidade franqueada gira em torno de R$ 115 mil, consolidando-se como uma opção viável para quem deseja empreender com segurança.
Para Leite, um dos pilares do sucesso do franchising é a educação. A transferência de know-how e a qualificação dos franqueados e seus colaboradores tornam o setor mais competitivo e estruturado. "Nunca vi um país desenvolvido que não tenha na educação um pilar da sua agenda de política pública, assim como também nunca encontrei uma nação que tenha educação como prioridade e não caminhe para o desenvolvimento", destacou o presidente da ABF. (FS e VT)
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