"A expressão ‘ponta do iceberg’ pode estar desgastada pelo uso, mas continua relevante", afirmou Tom Peacock, diretor de Inteligência Global de Fraudes da BioCatch, empresa especializada na detecção de fraudes digitais e crimes financeiros com o uso de inteligência comportamental. "As 2 milhões de contas laranjas relatadas por nossos clientes em 2024 provavelmente representam apenas uma pequena parte daquelas usadas para atividades de lavagem de dinheiro. Muitas outras, ativas ou inativas, podem estar espalhadas entre as 44 mil instituições financeiras existentes no mundo no ano passado."
No contexto brasileiro, o relatório indica que o país está explorando opções para que os bancos possam compartilhar dados como uma estratégia para combater contas de laranjas. Essa discussão pode resultar em um maior foco na detecção e no controle dessas contas nos próximos anos, à medida que políticas e ferramentas de monitoramento forem estruturadas.
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“As fraudes e golpes financeiros são diretamente alimentados pelas contas laranjas, que atuam como pontos de apoio no movimento de dinheiro ilícito. No Brasil, a ausência de penalizações para essas contas cria um ambiente em que é financeiramente vantajoso utilizá-las. Isso não apenas favorece a fraude, mas também abre portas para crimes mais graves, como tráfico de drogas e sequestros, que dependem das mesmas redes de contas laranjas”, afirma Cassiano Cavalcanti, diretor de Pré-Vendas LATAM da BioCatch.
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