Após 130 anos desaparecido, o tomate endêmico Solanum sanfurgoi foi redescoberto por pesquisadores chilenos e a organização indígena Ñuke Mapu. A planta foi descrita pelo renomado naturalista alemão Rodolfo A. Philippi em 1895 e o único exemplar conhecido até então era um galho preservado no Museu Nacional de História Natural do Chile.
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Recentemente, a planta foi confundida com a Solanum grandidentatum, encontrada nos Andes peruanos, mas pesquisadores apontam que a Solanum sanfurgoi é um tomate distinto e único do Chile. A planta redescoberta se encontra em possível estado de extinção, tendo apenas 12 exemplares identificados em uma área restrita, o que a fez ser classificada como "criticamente ameaçada".
A Solanum sanfurgoi foi encontrada ao longo das margens do Rio Mataquito, no Chile, perto da Puente Paula — que serve de conexão entre as cidades Hualañe e Curepto, na Região de Maule. O local é conhecido pela riqueza em biodiversidade e endemismo, que sofreu fortes impactos pela atividade humana — como a expansão de plantações de pinheiros e a degradação de habitats naturais.
A planta é pequena e as folhas são descritas como semelhantes as de uma suculenta, além de serem cobertas por pelos minúsculos e não pegajosos — o que a torna única. Com o formato de estrela, a flor é branca e coberta por pelos finos e aveludados. Já os frutos são descritos como minúsculos, brilhantes, escuros e com um sabor amargo.
*Estagiário sob a supervisão de Jaqueline Fonseca
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