Novidades significativas para o combate ao ebola foram reveladas por pesquisadores do Instituto de Imunologia de La Jolla (LJI), na Califórnia, nos Estados Unidos. O grupo, liderado pela professora e presidente e CEO do LJI, Erica Ollmann Saphire, identificou um anticorpo capaz de bloquear o novo vírus ebola.
Denominado de mAb 3A6, o anticorpo tem a capacidade única de se ligar a uma parte da estrutura do vírus ebola, impedindo sua entrada nas células humanas. Essa estrutura é chamada pelos pesquisadores de "caule".
O vírus ebola depende de uma proteína chamada glicoproteína para invadir as células humanas. O mAb 3A6 atua nessa proteína, impedindo que o vírus se conecte aos receptores celulares e inicie a infecção. Testes laboratoriais demonstraram que o anticorpo é eficaz contra várias cepas do vírus, incluindo uma nova variante identificada recentemente na África Central.
A equipe do LJI utilizou técnicas avançadas de imagem estrutural para mapear a interação entre o anticorpo e a glicoproteína do vírus. Esses detalhes moleculares são essenciais para o desenvolvimento de tratamentos precisos e para a criação de vacinas mais eficazes.
Com a constatação de que o anticorpo 3A6 ofereceria melhor proteção em primatas não humanos em estágios avançados da doença do ebola, crescem as expectativas de uma possível eficácia deste anticorpo em humanos.
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