25 de Fevereiro de 2025

A sombrinha de frevo não é de Pernambuco: os números que mostram a supremacia da China até no Carnaval


Pernambucanos dançando frevo com sombrinhas, passistas desfilando nos sambódromos com fantasias feitas de penas e foliões usando asas de anjo nos bloquinhos pelo país talvez não saibam que, para chegar ao Carnaval brasileiro, esses itens provavelmente fizeram uma longa viagem a partir da China pelo mar.

O país asiático é a principal origem de importações para o Carnaval brasileiro e outras festas e, em 2024, as compras de lá chegaram a um recorde de volume importado na última década, segundo levantamento da BBC News Brasil com base em dados abertos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Aliás, vale lembrar que, considerando todo o comércio exterior, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, tanto em importações quanto exportações.

As importações para o Carnaval costumam acontecer no ano anterior à festa — assim, o alto volume de compras feitas no ano passado provavelmente se refletirá nas ruas esse ano.

Em contrapartida, empresários brasileiros relatam que está cada vez mais difícil competir com produtos chineses nesse ramo — e alguns itens, como a própria sombrinha de frevo, são agora predominantemente de origem chinesa.

Não somente os dados mostram a crescente presença de produtos chineses no Carnaval brasileiro: as ruas do comércio popular pelo país também.

Na região da rua 25 de março, região de comércio popular em São Paulo (SP) que fica lotada na véspera do Carnaval, basta procurar etiquetas de produtos como perucas, distintivos policiais falsos e adornos de faraó para a cabeça para logo encontrar o registro "Made in China".

O empresário Pierre Sfeir, que tem comércio há 50 anos ali, costuma ir todo ano à China para conhecer e encomendar produtos para o Carnaval e outras festas.

Suas quatro lojas trabalham com adereços e enfeites para festas ao longo do ano, como Festa Junina e Natal também.

Ele normalmente vai para o país asiático em abril, por duas semanas, quando visita a cidade de Yiwu e a Feira de Cantão, em Guangzhou (a cidade é conhecida como Cantão em português).

Ambos os lugares são conhecidos pela exposição e venda em larga escala de produtos diversos, incluindo itens para festas no mundo todo, como Halloween e o Oktoberfest.

"Você vai lá, faz pedidos e enche um contêiner. Tem que ter uma agente chinesa que fale português ou inglês, que vai te levar nos lugares e fazer as notas [dos produtos]" explica Sfeir, nascido no Líbano.

O empresário relata fazer importações da China há cerca de uma década e traz de 10 a 12 contêiners por ano com produtos para festas, não só de Carnaval.

Entretanto, com a pandemia de coronavírus e o consequente estoque parado, as importações e viagens para a China foram interrompidas durante três anos — Sfeir espera retomar tudo isso em 2025.

Ele explica que os preços chineses são muito competitivos, mesmo tendo que pagar um alto valor pelo transporte de navio e pelo processo de importação.

Vale mais a pena importar itens pequenos, otimizando o espaço do contêiner — uma grande abóbora de Halloween de plástico não compensa ser chinesa, exemplifica.

Para o Carnaval, Sfeir cita ser vantajoso comprar itens chineses como saias de tule infantis, chapéus, tiaras, perucas, asas, sombrinhas de frevo e "kits de bicho" — conjuntos de adereços que formam os kits zebra, gatinha, coelhinho...

Também na 25 de março, Monica Gomes, gerente na loja Fantasias Radicais, conta que o dono do comércio viaja duas vezes ao ano para Yiwu, na China. Lá, ele encomenda contêiners com produtos de Carnaval e outras festas.

Gomes estima que 70% dos itens de Carnaval na loja vêm da China. Além das vendas ali, muitos produtos importados pela loja são revendidos para outras empresas.

"Como somos importadores, a gente vende para todos os Estados do Brasil e para fora também, como Argentina, Paraguai, França", relata Gomes.

A participação da China no volume de itens importados para Carnaval e outras festas chegou a um recorde em 2024, considerando a última década.

O país foi origem de 95% do volume de itens de festas importados (os dados disponíveis não permitem o recorte apenas para o Carnaval). Em 2015, esse percentual era de 88%, de acordo com dados levantados no sistema do MDIC.

O ano de 2024 também teve o maior volume importado da China nesse segmento em dez anos: foram 20,7 mil toneladas, um aumento de 29% em relação a 2023.

Esse volume inclui importações desde consumidores individuais, que podem fazer pequenas compras online como pessoa física em sites chineses, a grandes empresas.

É comum que empresários brasileiros viajem para a China, façam encomendas de Carnaval lá, que depois são trazidas de navio em contêineres para diversos portos brasileiros.

Esses empresários costumam ter grandes lojas em capitais brasileiras e, muitas vezes, revendem parte dos produtos chineses para comerciantes menores ao redor do país.

"Observamos que as compras acontecem principalmente no terceiro trimestre, porque normalmente o importador é um distribuidor. Ele está trazendo uma mercadoria que vai vender para um varejista, que por sua vez vai começar a estocar para depois vender", explica Leonardo Baltieri, especialista em comércio exterior e cofundador da Vixtra, uma empresa especializada em importações.

Em Pernambuco, um dos maiores símbolos de seu Carnaval, a sombrinha de frevo, não é mais produzida lá — e sim na China, segundo entrevistados pela reportagem.

Uma das pessoas que confirma isso é Arlindo Albuquerque, gerente de compras da Arcol, rede que tem duas lojas, uma no Centro de Recife (PE) e outra na cidade de Vitória de Santo Antão.

"Eu estou aqui na empresa há 34 anos e acho que faz mais de 20 anos que a gente não tem mais produção de sombrinha de frevo [no Estado]", diz Albuquerque. "O Brasil todo importa."

O gerente afirma que, desde aproximadamente 2019, a empresa decidiu começar a importar por si mesma itens de Carnaval e outras festas — antes, ela comprava de outros importadores.

O proprietário da loja vai duas vezes por ano para Yiwu, acompanhado por um comerciante de origem chinesa que tem lojas em Recife, mas no ramo de eletrônicos.

As encomendas são feitas seis meses antes da data desejada — para este Carnaval, a viagem ocorreu por volta de setembro de 2024, quando foram adquiridos itens como sais de tule, asas, chapéus, perucas e sombrinhas de frevo.

O gerente estima que 80% dos produtos que eles vendem são importados, todos da China.

Entretanto, ele afirma que ainda há produtos que valem ser comprados no Brasil, como confetes e serpentinas.

A Arcol também compra itens artesanais feitos na região, como máscaras de papangu (típicas da cidade de Bezerros, são coloridas e feitas de papel machê) e sombrinhas de frevo customizadas — sim, aquelas que chegam da China e depois são enfeitadas em solo brasileiro.

No Saara, área de comércio popular do Rio de Janeiro (RJ), importações da China também têm forte presença, diz André Haddad, presidente do Polo Saara (associação de lojas da região) e empresário no ramo de uniformes profissionais.

Ele relata que muitos comerciantes do Saara viajam para a Feira de Cantão, às vezes acompanhados de funcionários de confiança ou parentes — já que a maioria, na região, é de empresas familiares.

"Muita coisa realmente vem da China, principalmente tecidos, aviamentos, pedras... Inclusive as usadas por escolas de samba", aponta Haddad.

Ainda de acordo com o presidente do Polo Saara, as empresas que importam esses produtos têm seus próprios pontos de venda e às vezes também revendem esses itens para outras partes do Brasil, como o Nordeste e o Amazonas, para o Festival de Parintins.

André Haddad reconhece que muitos dos empresários envolvidos nesse comércio não gostam de aparecer, inclusive os de origem chinesa — algo constatado na prática pela BBC News Brasil, que pediu entrevista para vários deles e não teve resposta.

"Esses importadores foram para a China, cavaram a rota e acharam os fornecedores. Eles não gostam de falar muito", resume Haddad.

A Feira de Cantão surgiu em 1957, num momento em que a China começou a se abrir para o comércio internacional.

Hoje, ela é uma feira gigantesca — tão grande que é realizada duas vezes por ano, cada uma com três fases, a depender do tipo de produto.

Por exemplo, nesse semestre, a primeira fase será de 15 a 19 de abril (para eletrônicos, veículos e etc), a segunda de 23 a 27 (itens para decoração, casa, construção e móveis, entre outros) e a terceira de 1 a 5 de maio (produtos para bebês, crianças e mães, moda, papelaria, saúde e etc).

Ali, são expostos itens que vão "desde palitos a foguetes", brinca Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China.

"A Feira de Cantão é um dos motores propulsores da exportação chinesa", resume Tang, que destaca a qualidade e alta tecnologia, e não só o preço, dos produtos chineses.

Já a cidade de Yiwu, outro destino frequente de comerciantes brasileiros, oferece produtos o ano inteiro.

"Era uma cidade pequena, que ninguém conhecia. Até que um prefeito teve a brilhante ideia de fazer como se fosse uma Feira de Cantão permanente: ela está lá o tempo inteiro. Isso fez com que a cidade crescesse muito", afirma Tang, acrescentando que todas as capitais na China têm feiras de exportação para ramos diversos.

A Câmara Brasil-China oferece serviços pagos para comerciantes brasileiros que queiram visitar a Feira de Cantão com assistência e tradução para inglês ou português. Os visitantes brasileiros podem, por exemplo, receber mediação no contato com fornecedores na China e visitar fábricas lá.

Guangzhou, uma cidade portuária, e Yiwu, a cerca de 140km do litoral, ficam na faixa costeira da China — o "grande cinturão industrial" do país, segundo explica o cientista político Maurício Santoro, estudioso da China e autor do livro Brazil-China Relations in the 21st Century: The Making of a Strategic Partnership ("Relações Brasil-China no século 21: a produção de uma parceria estratégica").

Santoro destaca que produtos chineses se tornaram a base do comércio popular em várias cidades brasileiras, não só para itens de carnaval, mas também de festas infantis, brinquedos, decoração, entre outros.

Yiwu, especificamente, tornou-se um "atacadão" que atende não só a China, mas o mundo, ele aponta.

"As grandes fábricas levam os seus produtos para lá e vendem na cidade. Mas esses produtos podem vir de várias outras províncias da China", explica Santoro.

"Ela [Yiwu] é uma das cidades que cresceram na China a partir do período da reforma e abertura, dos anos 80 em diante. Já esse comércio da China com o Brasil só ficou realmente substancial a partir da década de 2000. Provavelmente, é nesse momento que os atacadistas brasileiros começam a ir para Yiwu e buscar esse tipo de material", diz o cientista político.

Para Santoro, o mais provável é que essa rota tenha começado com comerciantes de origem chinesa atuando no Brasil — que mantêm laços e contatos com a China e podem ter iniciado a importação em larga escala.

Segundo o especialista, além de efetivamente conhecer produtos e fazer encomendas, empresários com comércio no Brasil fazem viagens anuais para a China para fortalecer seu guanxi (??).

"É uma das palavras mais importantes para entender a cultura da China. Guanxi significa, ao pé da letra, 'relações'. Consiste em usar o seu círculo de relações pessoais, de contatos, para resolver os pequenos problemas da vida", explica Santoro, comparando a palavra a algo como o "jeitinho" no Brasil.

"Um comerciante brasileiro ou chinês [na origem] vai para Yiwu ou Cantão todo ano porque ele vai trabalhar o seu guanxi: ele vai visitar as fábricas que fornecem os produtos para eles, vai conversar com os grandes atacadistas chineses."

Apesar de fazer diversas importações da China, o empresário Pierre Sfeir também é um produtor nacional: ele tem desde 2000 uma fábrica na capital paulista, a Studio das Festas, onde produz saias de tule tamanho adulto, máscaras, itens metalizados para fantasia e decoração, entre outros.

A própria pandemia reforçou a importância de não depender tanto de produtos da China, pois o valor para transporte de contêineres chegou ao dobro do que é hoje, segundo relata Sfeir.

Além disso, ter fabricação própria permite um abastecimento mais rápido e flexível.

"Está dando certo. Fica um pouco mais caro? Fica. Mas temos toda hora [disponibilidade do produto]", diz o comerciante.

Mesmo com a produção em São Paulo, a China continua presente: o empresário importou recentemente maquinário do país asiático, além de importar matérias-primas.

É o caso dos metaloides, usados como base para fazer saias e cortinas metalizadas. Segundo ele, o quilo do material chega a ser o triplo do preço se comprado no Brasil.

Por outro lado, ele diz que ainda é vantajoso comprar no Brasil matérias-primas como polipropileno (PP) para fazer óculos e acetatos para fazer as máscaras.

Entretanto, ele acredita que a dependência de produtos chineses persistirá.

"É imbatível o preço. Infelizmente, no Brasil, não conseguimos, nunca cobrimos [a demanda]", lamenta Sfeir.

Elaine Leverone é diretora da Spook, uma fábrica de máscaras, fantasias e acessórios em Magé (RJ) fundada em 1976.

Ela diz que a empresa começou a sentir a concorrência chinesa há cerca de dez anos e que, hoje, esta competição afeta de "médio para muito" os negócios — embora ela destaque o papel da pandemia também.

"Teve uma diminuição grande de vendas em artigos de festa. Vários lojistas mudaram de área ou fecharam", diz Leverone.

A diretora da empresa afirma que o preço, o principal atrativo dos produtos chineses, está mudando também o mercado de fantasias, com cada vez mais tecidos sintéticos importados do país asiático.

É o que ela percebe na relação com seus fornecedores desses produtos, que antes fabricavam os tecidos no Brasil.

"Muitos fabricantes nacionais deixaram de fabricar e eles mesmos passaram a importar. Com certeza está saindo mais barato do que fazer aqui", diz Leverone.

A diretora da Spook cita ainda a concorrência do comércio online, embora veja um pequeno alívio com a "taxa das blusinhas", nome popular para a lei que determinou, desde agosto de 2024, a cobrança de imposto de importação para compras internacionais de até US$ 50.

Os dados mais atuais sobre a produção nacional de itens de Carnaval e outras festas são de 2022, da Pesquisa Industrial Anual (PIA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Um levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com base na PIA desde 2014 mostra que 2022 teve um recorde no número de unidades produzidas nacionalmente nesse segmento, chegando a mais de 7,6 bilhões.

Mas o valor bruto da produção de 2022 não foi tão bom assim: cerca de R$ 249,5 milhões, contra R$ 363 milhões em 2014 — os valores foram todos corrigidos com a inflação (IPCA) de janeiro de 2025.

Segundo a CNI, o fato de o número de unidades ter chegado a um recorde, mas o valor bruto da produção não, indica queda no preço nos produtos. Além disso, os dados incluem uma grande variedade de produtos — portanto, mudanças no tipo de produto podem influenciar o valor bruto da produção.

Uma das explicações frequentes para o bom preço dos produtos chineses, mas não necessariamente verdadeira, é a exploração do trabalho no país asiático.

Entretanto, o pesquisador Mauricio Santoro e Charles Tang, da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, afirmam que esta impressão tem mais a ver com um período anterior, entre os anos 1990 e 2000.

Ambos citam que, em geral, hoje, um operário chinês ganha mais que um operário brasileiro — embora se trabalhe mais horas no país asiático.

Santoro destaca que a renda per capita como um todo, não só para operários, já é maior no China do que no Brasil.

Segundo dados do Banco Mundial referentes a 2023, a renda nacional bruta per capita na China é de US$ 13.390, versus US$ 9.280 no Brasil.

Enquanto isso, em 2024, empregados brasileiros trabalhavam em média 38,9 horas por semana; na China, os dados mais recentes reunidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que, em 2016, essa média era de 46,1 horas por semana.

Há dados mais recentes para a China, mas eles são restritos aos trabalhadores de empresas: 48,6 horas por semana, segundo dados publicados pelo governo chinês em novembro de 2024.

Santoro reconhece que os direitos trabalhistas no país asiático ainda são mais frágeis que os brasileiros e a jornada de trabalho lá com frequência é "extenuante".

"Não é raro na China que as pessoas trabalhem seis dias por semana, ou mesmo que elas passem mais um mês inteiro trabalhando sem ter folgas", diz o cientista político.

João D'arru Costa, presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado de Pernambuco (Sindivest-PE), destaca que, no quadro global, os salários na China ainda são mais baixos do que em muitos países, "apesar de terem subido nos últimos anos".

Já Elaine Leverone, diretora da Spook, minimiza o papel do trabalho na competitividade dos produtos chineses em comparação com os brasileiros.

"Uma hipótese. Se o governo [brasileiro] chegasse hoje e falasse: eu pago 100% da sua mão de obra. Você fica competitivo? Eu não fico. Não é só a mão de obra, entendeu? Eu considero que seja o custo Brasil. Nós temos um custo de transporte absurdo", aponta Leverone, citando também taxas e burocracias que "não geram nada" em termos de segurança do produto ou outros benefícios para a sociedade brasileira.

Segundo Santoro, não é só a indústria brasileira de festas que está sofrendo com a concorrência chinesa: outras, como as de brinquedos, têxteis e de calçados, também.

Ele destaca, aliás, o processo de desindustrialização pelo qual o Brasil está passando.

De acordo com Leonardo Baltieri, da Vixtra, o crescimento das importações para Carnaval e festas vai ao encontro do aumento do varejo online para produtos diversos, também muito movido por importações chinesas.

João D'arru Costa sugere algumas soluções para a indústria brasileira, como a produção local e rápida.

"É necessário apostar no conceito de fast delivery [entrega rápida] para competir com o tempo de entrega da China, além de melhorar a automação e digitalização dos processos para reduzir custos", aponta.

"É preciso também diferenciar o produto com matérias de alta qualidade, design exclusivo e qualidade superior."

Uma outra acusação frequente por alguns produtores nacionais é que parte significativa dos itens chineses, inclusive de Carnaval, são cópias.

Perguntado sobre isso, o cientista político Maurício Santoro se lembra de outra palavra em chinês: shanzhai (??).

"Acontece muito [cópia]. O shanzai pode ser algo como cópia ou pirataria, mas não tem o sentido pejorativo do português. É mais a ideia de uma cópia que recria o original", explica Santoro, trazendo como exemplos cafeterias que emulam em vários elementos a mundialmente famosa rede Starbucks.

Mas a supremacia chinesa em produtos industrializados, não só de festas, tem mais a ver com questões estruturais, apontam os entrevistados.

João D'arru Costa enumera fatores como a alta produtividade dos trabalhadores chineses, processos industriais otimizados e subsídios e incentivos fiscais para exportações.

Santoro cita ainda a facilidade de transporte e a energia de baixo custo no país asiático.

"Essas empresas que estão vendendo no atacado em Yiwu são fábricas que estão produzindo para o mundo inteiro. Também é material que vai ser usado na Ásia, na África. Essa escala de produção acaba diminuindo os custos", explica o cientista político, apontando também para o processo de desindustrialização no Brasil.

Um exemplo disso é a própria sombrinha de frevo — que, segundo ratifica o presidente do Sindivest-PE, não são é mais produzida em Pernambuco.

Os produtos chineses importados para o Carnaval não costumam ser personalizados a ponto de atenderem as particularidades da festa no Brasil.

Por exemplo, máscaras de políticos ou celebridades brasileiras famosas costumam ser produzidas por aqui mesmo.

Mas a China é o maior produtor mundial de guarda-chuvas, lembra Santoro.

Assim, adaptar uma pequena parte da produção de sombrinhas para torná-las menores e com as cores vermelho, azul, amarelo e verde, como são as de frevo, é um negócio que vale a pena — aparentemente, tanto para os produtores chineses quanto para os comerciantes brasileiros.

Fonte: correiobraziliense

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