01 de Março de 2025

Por que conflito entre Trump e Zelensky sinaliza crise perigosa entre EUA e Europa


O relacionamento entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky já estava ruim o suficiente antes da discussão protagonizada pelos dois no Salão Oval nesta sexta-feira (28/2).

O presidente americano já havia chamado o líder ucraniano de ditador e dito que a Ucrânia começou a guerra contra a Rússia — o que não é verdade.

Agora, a aliança EUA-Ucrânia alimentada pelo ex-presidente Joe Biden está em pedaços.

O colapso público também sinaliza uma grande crise iminente entre os membros europeus da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e os EUA.

A partir de agora, haverá muito mais dúvidas e perguntas sobre o compromisso dos EUA com a segurança europeia fora da Ucrânia. A maior delas é se o presidente Trump manterá a promessa que seu antecessor Harry Truman fez em 1949 de tratar um ataque a um aliado da Otan como um ataque à América.

Essas preocupações são baseadas no que parece ser a determinação de Trump em restaurar um relacionamento forte com o presidente russo Vladimir Putin.

Ele colocou muita pressão sobre a Ucrânia enquanto oferecia a Putin grandes concessões — que teriam que ser feitas pelos ucranianos.

A segurança da Ucrânia está ficando em segundo lugar — e os europeus estão preocupados que a deles também esteja.

A recusa do presidente Zelensky em fazer essas concessões enfureceu Trump.

Não é apenas o acordo, pelo qual o ucraniano cederia a Washington a exploração dos recursos minerais de seu país em troca de algum tipo de apoio ou garantias de segurança contra a Rússia, que ele se recusou a assinar.

Os ucranianos acreditam que estão em uma guerra pela sobrevivência nacional — e que Putin quebraria qualquer promessa de acabar com a guerra se não for dissuadido.

É por isso que Zelensky pediu repetidamente por garantias de segurança americanas.

A reunião se transformou em uma discussão acalorada após uma intervenção do vice-presidente americano JD Vance.

Há suspeitas agora de que a discussão pública foi — nas palavras de um observador diplomático — um ataque político planejado: ou para forçar Zelensky a fazer o que os Estados Unidos querem, ou para precipitar uma crise que permitiria que eles o culpassem por qualquer coisa que acontecesse a seguir.

Se Trump seguir o colapso das negociações com um congelamento da ajuda militar, a Ucrânia continuará lutando. A questão é o quão efetivamente e por quanto tempo.

A pressão sobre os aliados europeus da Ucrânia deve dobrar a partir de agora, para compensar a situação.

Fonte: correiobraziliense

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