22 de Novembro de 2024

Adolescente de 16 anos entra em coma após ser agredida por polícia da moral em metrô do Irã; confira


Reprodução/Twitter/@MinaRahmani

Passado um pouco mais de um ano da morte de Mahsa Amini, levada pela polícia da moral por não usar o hijab corretamente, um caso semelhante acontece no Irã no domingo, 1. Segundo o grupo direitos curdos Hengaw a adolescente Armita Geravand, 16, foi espancada e “gravemente ferida” no domingo, 1, pela polícia da moral, que fiscaliza o código de vestimenta islâmico. Ela foi levada inconsciente para o hospital. A agressão teria acontecido no metrô de Teerã. Ela foi abordada por não estar utilizando o hijab, véu islâmico. As autoridades iranianas negam o caso. Apesar de não terem divulgado o estado de saúde da jovem, ativistas dizem que Geravand entrou em coma e que no hospital em que ela esta internada fora implantadas rígidas medidas de segurança, como controle de acesso. Nos vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver o momento em que a jovem é retirada no vagão do metrô com auxílio de outros passageiros. Segundo a ONG, depois que o caso começou a repercutir nas redes sociais, a família da jovem começou a ser pressionada pelas autoridades iranianas. Os celulares de todos os familiares chegaram a ser aprendidos.

Na quarta-feira, 5, a ONG informou que a mãe da adolescente, Shahin Ahmadi, foi presa e “atualmente seu paradeiro e situação de custódia permanecem desconhecidos”. Em meio a esse novo caso de violência contra as mulheres, a ativista e jornalista Narges Mohammadi venceu o Prêmio Nobel da Paz de 2023. A iraniana se tornou um exemplo de inspiração para muitas mulheres ao redor do mundo, mostrando que a luta por direitos é uma batalha que deve ser travada incansavelmente, e é a 19ª mulher a conseguir vencer a premiação que acontece desde 1901. Mohammadi já foi presa 13 vezes, condenada em cinco ocasiões e sentenciada a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas. Sua última condenação, até o momento, aconteceu em janeiro de 2022, quando foi condenada a oito anos de prisão e a 70 chicotadas. Atualmente ela está na prisão de Evin, em Teerã, e é alvo de “uma perseguição judicial e policial para silenciá-la”, segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras.


Fonte: jovempan

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