Nesta segunda-feira, 2, o programa Pânico recebeu Karina Kufa, advogada do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista, ela comentou sobre a adesão do público à s manifestações do dia 1º de maio. “Quando trouxeram aqueles inquéritos das manifestações antidemocráticas, que de antidemocráticas não têm nada, na prática, a sociedade ficou com medo de ir à s ruas. Nós vimos alguns militantes serem presos: Sarah Winter, Daniel Ativista. Não vão fazer mal a ninguém. O Judiciário levou aquilo a sério demais, as pessoas recuaram e pararam de ir à s ruas. Agora estão retomando”, disse. Karina enxerga a tarde do último domingo como uma reação à s normas e diretrizes impostas por redes sociais que, segundo ela, configuram-se em censura. “Sou contra qualquer tipo de censura. O que as plataformas estão fazendo através de algoritmos é justamente isso: proibir que as pessoas falem certos assuntos ou simplesmente boicotar, a ponto de não conseguir marcar a Bia Kicis. Como ir para a campanha de uma forma desigual? Todos os candidatos têm que ter os mesmos direitos. Ou dá para todo mundo ou acaba para todo mundo.”
Kufa também opinou sobre o equilÃbrio entre os Três Poderes e a corrupção. Segundo ela, o Brasil passa por um momento disruptivo. “Eles falam que estão em guerra os Poderes. Cada Poder tem que entender o seu limite. Não é o Bolsonaro, a gente vê o Legislativo prevaricando, quando deveria tomar algumas iniciativas, se posicionar. A gente vê o Judiciário passando dos limites e não é de hoje não. Sou advogada há 20 anos e eu venho acompanhando isso, em todas as instâncias, ele [Judiciário] vem extrapolando há muito tempo”, afirmou. “Precisa ter essa mexida, toda disruptura não é pacÃfica, não é tranquila. Tem gritos de um lado, gritos de um outro, alguém reclama, alguém não está satisfeito. Isso é bom. Claro que depois a gente espera que venha a calmaria, mas não a calmaria com corrupção.”