Depois de segurar o agendamento por mais de quatro meses, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), marcou para a quarta-feira, 1º, a sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF). Por determinação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a Casa terá uma semana de esforço concentrado entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro.
Também neste sábado, Alcolumbre escolheu a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) como relatora da indicação de Mendonça. Segundo apurou a Jovem Pan, ao escolher uma parlamentar evangélica, o presidente da CCJ, que é judeu, quer mostrar que não postergou a sabatina do indicado por ele ser evangélico. Na sessão do colegiado da quarta-feira, 24, o senador do DEM se disse “muito triste” com ataques recebidos nos últimos meses. “Chegou-se ao cúmulo de transformar uma decisão político-institucional [de não pautar a sabatina] em um embate religioso. É inadmissível isso. Isso me provoca uma profunda indignação, fico muito triste com isso, porque a minha relação com o povo evangélico é extraordinária no meu Estado”, afirmou. Os líderes governistas acreditam que Mendonça será aprovado na CCJ, mas admitem que a votação será apertada no plenário. O “terrivelmente evangélico” precisa do apoio de, no mínimo, 41 dos 81 senadores.
Fonte: jovempan
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