Perto de começar o ano letivo, o sentimento de muitos pais foi de alívio ao poder, finalmente, imunizar os filhos contra a Covid-19. A vacinação de crianças em Bauru começou nesta terça-feira (18), às vésperas do retorno às aulas. Na rede estadual, a volta será no dia 2 de fevereiro e, na rede municipal, está marcada para o dia 9. Já na rede particular, muitas escolas devem retomar as atividades já a partir da semana que vem.
Conforme noticiado pelo JC, neste primeiro momento, serão imunizadas cerca de 3 mil crianças de 5 a 11 anos com comorbidades ou deficiência ou que são indígenas ou quilombolas. Ao todo, são 15 salas de vacina no município aplicando o imunizante pediátrico da Pfizer. A previsão é de abrir para o grupo geral dessa mesma faixa etária a partir de 10 de fevereiro, quando outras 27 mil devem receber as doses.
"Foi um alívio, esperávamos muito por esse momento. Mesmo sendo a primeira dose, já é uma proteção para voltar as aulas", revela a auxiliar de dentista Karina Teixeira, 35 anos, mãe do Theo Teixeira, de 8 anos. Eles chegaram antes das 8h na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Europa. O menino tem asma e vai reencontrar os amiguinhos da escola na semana que vem.
Também na fila estavam o juiz Cláudio Abujamra, 52 anos, com a filha Nicole Abujamra, 10 anos. "Já procuramos o agendamento assim que abriu", conta o pai. "Quero tomar a vacina porque, se eu pegar Covid, não quero ficar mal", diz a menina.
DEU TUDO CERTO
Quem comemorou bastante a vacinação foi Beatriz Monti, 32 anos, mãe de Gael Monti Militão. O menino completou 5 anos no começo do mês. "Deu certo, porque ele fez aniversário agora em janeiro, então, conseguimos agendar. Como ele é autista, tem dificuldade em usar máscara, se coloca mais em risco. E, a partir de agora, ele vai começar a ir para a escola. Portanto, a vacina traz uma segurança para nós", afirma a mãe. O pequeno, inclusive, foi o primeiro a ser imunizado na UBS do Jardim Europa.
Segundo o diretor do Departamento de Saúde Coletiva (DSC), Ezequiel Santos, a imunização de crianças é importante para evitar uma explosão de casos nesse grupo. "Nós estamos com 80% do público adulto completamente vacinado (leia mais ao lado), ajudando a controlar a pandemia, mas as crianças abaixo de 12 anos ainda estão expostas. Corremos o risco de ter uma infantilização da doença. É preciso analisar que o Brasil já tem quase 300 óbitos de crianças nessa faixa etária. É um grupo suscetível à infecção, porque não conhece todas as medidas sanitárias".
Para agendar, basta acessar o site http://www.bauru.sp.gov.br e clicar no banner 'Vacinação e Testagem'. O usuário deverá colocar o CPF da criança, realizar o cadastro e optar pelo item 'vacinação infantil'.
Também é necessário fazer o cadastro no site do Vacina Já. Para tanto, os pais ou responsáveis devem acessar o link http://www.vacinaja.sp.gov.br, clicar no botão "Crianças até 11 anos" e preencher o formulário online.
As unidades que estão aplicando a vacina pediátrica são: UBSs Tibiriçá, Europa, Vista Alegre, Mary Dota, Beija-Flor, Jussara/Celina, Octávio Rasi, Cardia e Redentor; e as USFs Pousada da Esperança 2, Vila São Paulo, Dutra, Santa Edwirges, Nova Bauru e Nove de Julho.
As crianças que tiveram Covid devem aguardar 30 dias para tomar o imunizantes. Se foi apenas síndrome gripal, a espera é de 72 horas sem febre. A segunda dose será aplicada após oito semanas.
Nesta sexta-feira (21), Bauru completa um ano desde a aplicação da primeira vacina contra Covid-19. De lá para cá, segundo números da prefeitura, foram 718 mil doses aplicadas, sendo que cerca de 80% do público adulto já recebeu, pelo menos, a segunda dose. Desse total, cerca de 100 mil doses de reforço também foram administradas.
No entanto, com a explosão de novos casos de síndrome respiratória que têm lotado as unidades de saúde, imunizar, inclusive crianças, se torna fundamental para controlar novamente a pandemia.
"O vírus está circulando com maior intensidade. As crianças têm muito contato, principalmente na escola. Então, podem trazer para casa, para os mais idosos. Por isso, quanto mais rápido colocarmos anticorpos no organismo dessa criança, mais rápido vamos combater a doença, principalmente nesse cenário. Se deixarmos elas desprotegidas, podemos ter crianças internadas em UTI", conclui o diretor do Departamento de Saúde Coletiva (DSC), Ezequiel Santos.
Fonte: jcnet
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.