Conscientizar adolescentes sobre a sustentabilidade e promover melhorias no ambiente escolar que utilizam, além de "plantar uma semente" para que os alunos saiam da escola com o sentimento de protagonismo em cuidar do bem público. Foi com este viés comunitário que duas professoras de Bauru lideraram um projeto interdisciplinar com estudantes do grêmio estudantil que limparam todo o entorno da Escola Estadual Professora Maria Eunice Borges de Miranda Reis, no Parque Jaraguá.
A unidade fica na rua Juvenal Bastos, nº 5-15, e todas as calçadas do quadrilátero estavam há bastante tempo acumulando mato alto, entulho e sujeira. Havia também a necessidade de arborização e da comunicação visual. Hoje o local está com uma aparência completamente diferente. As sarjetas estão ganhando nova pintura, foram implantadas placas de proibição de descarte de lixo e mudas de árvores e flores foram plantadas.
A iniciativa do projeto foi das professoras Sebastiana de Fátima Gomes e Renata Santos, além dos estudantes dos ensinos fundamental e médio, que participam do grêmio estudantil.
O trabalho prático contou com apoio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), da Secretaria Municipal de Administrações Regionais (Sear), além de contribuição da vereadora Estela Almagro (PT), que representou o Poder Público com palestras e intermediações entre os envolvidos do Estado e Prefeitura.
Segundo as professoras, além da limpeza em si, um dos objetivos foi o de olhar com carinho para a formação de cidadãos autônomos, solidários e competentes, impulsionando o estudante a agir com iniciativa.
Apoiaram também o projeto das docentes o diretor de escola Alexandre Freitas e o vice Roberto Fantato.
O próximo passo é fazer a conscientização dos moradores ao redor da escola, para que a conservação do entorno seja mantida e as mudas de árvores preservadas.
"GRATIFICANTE"
Segundo a professora Renata Santos, da disciplina de matemática, há 24 anos na profissão, com este projeto foi "plantada" uma semente de esperança e comprometimento. "Foi muito gratificante este trabalho multidisciplinar. Já sentimos mudanças significativas. Com a escola do jeito que estava, os alunos não gostavam muito de frequentar. Isso mudou. E eles curtiram o processo de contribuir com a comunidade. Eles se envolveram muito e têm a escola como extensão de suas casas", comenta.
A professora Sebastiana de Fátima Gomes, de geografia, há 40 anos como docente, acrescentou que a participação da vereadora Estela Almagro foi fundamental, como representante da política e intermediadora.
Ainda segundo ela, o projeto foi ainda mais importante também porque desenvolveu o protagonismo dos alunos. "Eles entenderam como podem recorrer ao Poder Público, de como acessar os órgãos do município. A partir de agora é manter tudo o que foi limpo. E que estes jovens assumam, junto à comunidade, a manutenção do que é deles", acrescenta.
Fonte: jcnet
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