Uma animação em 3d que circula na internet mostra o que deve ter acontecido com o corpo humano dos passageiros do submersível do Titanic que implodiu, no dia 18 de junho, em expedição aos destroços do navio mais famoso do mundo. O vídeo explica que o “tempo de implosão” durou apenas 20 milésimos de segundos, enquanto que a chamada “resposta de dor cerebral” seria de 150 milésimos de segundos, e a compressão adiabática – quando um gás se expande ou se comprime rapidamente – foi equivalente à explosão de 50 kg do explosivo TNT. Apesar dos destroços terem sido encontrados e retirados do fundo do mar – os restos do Titanic se encontra a cerca de 3.800 metros de profundidade – as autoridades trabalham para entender a linha do tempo do acontecimento e o que teria ocasionado.
Especialistas no assunto acreditam que os passageiros tenham morrido instantaneamente e sequer sentiram a morte. A implosão do Tiitan – nome do submersível – trouxe à tona uma série de erros e condutas imprudentes por parte da Oceangate, responsável pela embarcação. Um ex-sócio do CEO que morreu em na implosão do submersível informou que Stockton Rush trocou o aço pelo titânico na construção da embarcação para reduzir os custos de fabricação e operação do veículo. Graham Hawkes, engenheiro e especialista em submarinos que conhecia o CEO da OceanGate, disse ao jornal americano, que lamenta não ter avisa Rush dos riscos do material. Segundo ele, a fibra de carbono era um material pouco confiável, pois em um dia pode descer até 3 mil metros e, no dia seguinte, implodir ao chegar em 2.700, porque a estrutura poderia sofrer danos impossíveis de serem detectados.
Faz sete anos que a OceanGate começou a anunciar expedições até os destroços do Titanic com o Titan, submarino que acomodava até cinco passageiros. Ao todo, a embarcação tinha feito 14 descidas. Em 2018, um ex-funcionário da empresa também tinha alertado para problemas de “controle de qualidade e segurança” e o perigo de o veículo atingir águas mais profundas por conta da pressão. A Oceangate também ignorou, no mesmo ano, um alerta sobre a “abordagem experimental” feito numa carta assinada por 38 empresários, exploradores de águas profundas e oceanógrafos. Mesmo sendo responsável pela morte dos cinco tripulantes que estavam a borda da embarcação, a Oceangate não deve ser punida pelo ocorrido, pois os passageiros ‘concordaram’ em morrer. Documentos obtidos pelo site norte-americano ‘TMZ’, mostram que no contrato assinado pelos viajantes estava relatando os riscos de lesões e até morte. “Eu ____ reconheço que me inscrevi voluntariamente para participar de uma operação submersível organizada pela OceanGate Expeditions”, diz o documento, que também é seguido de outros trechos como: “Assumo total responsabilidade pelo risco de lesões corporais, invalidez, morte e danos materiais durante o envolvimento na operação”.
Fonte: jovempan
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