A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pregam cautela com a pandemia de Covid-19, mas consideram precipitado discutir a manutenção ou cancelamento do Carnaval. Com o surgimento da variante Ômicron, cidades e Estados suspenderam os festejos de Réveillon. Agora, as autoridades sanitárias debatem os riscos da folia marcada para fevereiro no Brasil. Em audiência no Senado nesta quinta-feira, 9, a diretora da Anvisa, Daniela Cerqueira, destacou que o cenário exige cuidado. “O cenário do país e do mundo tem nos permitido novas manifestações a medida que os dados epidemiológicos evoluem. É importante ressaltar que é um cenário muito dinâmico e que precisa ser acompanhado pelas autoridades de saúde para que novas recomendações e medidas de forma a controlar novas variáveis que possam surgir”, disse. Segundo a diretora, os não vacinados têm 11vezes mais chances de morrer em decorrência do coronavírus.
O pesquisador da Fiocruz, Hermano Castro, avalia que, na dúvida, é melhor evitar a folia. “Há já claramente o aumento da infecção pela Ômicron. Não sabemos ainda a questão da vacina, se teremos escape ou não. Temos que nos manter alerta, os estudos estão em andamento, leva um tempo para termos o impacto dessa nova variante nos completamente vacinados”, afirmou Castro, que defende o controle das fronteiras para evitar a entrada de infectados no Brasil. No mesmo sentido, o vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Nésio Júnior, disse temer pelo descontrole da pandemia. “Sem ampla capacidade de testagem, os eventos, não somente do Carnaval, mas do ciclo verão, colocam a população brasileira em um contexto de alto risco e descontrole da pandemia”, afirmou. Ele destaca que, até agora, todas as vacinas funcionam contra as variantes do coronavírus.
Fonte: jovempan
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.