O nível da lagoa de captação do Rio Batalha, responsável pelo abastecimento de água de aproximadamente 35% de Bauru, teve uma elevação considerável por conta das chuvas registradas na cidade durante esta quinta-feira (18). Em 24 horas, o índice subiu 1 metro e, no final da noite de ontem, segundo o Departamento de Água e Esgoto (DAE), atingiu 2,52 metros, sendo que, no dia anterior, chegou a 1,52 metro. Mesmo assim, até o fechamento desta edição, o rodízio de 24 por 72 horas seguia mantido pela autarquia.
Se a lagoa de captação caísse ainda mais e chegasse a 1,30 metro, a autarquia teria de paralisar a captação, mas os 37,1 milímetros de chuvas ontem (dado registrado até 20h pelo IPMet) trouxe um grande alívio ao manancial.
E o risco deve ficar ainda mais distante, uma vez que novas chuvas estão previstas para esta sexta-feira (19). De acordo com o IPMet, deve chover cerca de 30 milímetros hoje, com precipitações de intensidade que variam entre fraca e moderada durante todo o dia, quando também estão previstas trovoadas. Elas são decorrentes de uma frente fria, que avança pelo Sul do País.
Já a temperatura deve oscilar entre 19 e 26 graus (mínima e máxima, respectivamente), distantes do pico de 33,7 graus registrado nesta quarta-feira (17). Quanto mais quente o dia, maior o consumo de água.
RODÍZIO
Ainda assim, até o fechamento desta edição, seguia o sistema de rodízio de 24 por 72 horas entre quatro regiões da cidade. Ou seja, um dia com água seguido de três dias sem o líquido. O DAE também mantém as fiscalizações contra desperdício em Bauru. Conforme o JC divulgou, na quarta, primeiro dia de intensificação das atividades, quatro munícipes foram notificados. Todos estavam lavando calçadas.
As queixas, que podem ser anônimas, devem ser feitas no (14) 3235-6123. Lá, é possível enviar vídeos, fotos e o endereço para que o fiscal possa agir.
O presidente da Câmara Municipal, Markinho Souza (PSDB), se reuniu com a prefeita Suéllen Rosim (Patriota), na tarde desta quinta-feira (18), a fim de discutir alternativas para resolver a crise hídrica.
Durante a reunião, o parlamentar solicitou à chefe do Executivo que, além das ações emergenciais, o governo dê celeridade ao projeto de construção de um novo ponto de captação de água no Rio Batalha, localizado 22 quilômetros abaixo da atual lagoa de captação. A proposta é que a água seja canalizada e bombeada até a lagoa, o que resolveria de forma definitiva o problema, juntamente com as outras ações apontadas no Plano Diretor de Água (PDA).
De acordo com Markinho, segundo o PDA, o término desta obra está previsto para 2027. "Sugiro que, se o problema for financeiro, já que é uma obra de R$ 45 milhões, o DAE busque linhas de créditos ou, se o problema for ambiental, me coloco à disposição para conversar com o governo do Estado para ajudar na agilidade das autorizações ambientais", completa Markinho.
Diante da crise hídrica, o Bauru Tênis Clube (BTC), assim como fez em 2020, segue compartilhando água potável de poço para a comunidade local. A iniciativa já completou um mês e continuará até o problema ser restabelecido em Bauru.
O objetivo, segundo o presidente betecista José Roberto Martins Segalla, é contribuir com moradores dos arredores do clube, como a Vila Serrão, Parque das Nações, Jardim Terra Branca, Vila Santista, Vila São Francisco, Jardim Paulista, Estoril, Jardim Ferraz, Ouro Verde e Shangri-lá. Todos esses bairros estão situados na área de abastecimento da lagoa de captação do Batalha.
Para não travar o acesso principal de carros de sócios na sede, a água pode ser retirada pelo portão 2 (fundos), na quadra 4 da avenida José Vicente Aiello, de segunda a sexta, das 7h às 9h. O máximo é de 4 galões por pessoa.
A retirada da água deve ser sempre com a máscara cobrindo nariz e boca. O laudo de potabilidade encontrase na secretaria do BTC.
Fonte: jcnet
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