O governo dos Estados Unidos garantiu na última terça-feira, 8, que não mudou sua política em relação à Venezuela após a visita feita ao país no fim de semana passada por dois representantes para falar de “segurança energética” com o governo do presidente Nicolás Maduro, em meio à invasão russa na Ucrânia. A subsecretária de Estado para Assuntos Políticos, Victoria Nuland, esclareceu na Comissão de Relações Exteriores do Senado dos EUA que o país continua reconhecendo a liderança do líder opositor venezuelano Juan Guaidó. “Nós o reconhecemos como presidente da Venezuela? É essa a nossa posição oficial?”, questionou o senador republicano para a Flórida Marco Rubio, que é de origem cubana. Nuland respondeu: “É”.
Na segunda, 7, a Casa Branca confirmou que uma delegação de alto nível dos EUA foi a Caracas no fim de semana passado com o objetivo de realizar reuniões com o governo de Maduro sobre “segurança energética” e abordar a situação dos seis ex-diretores da Citgo, subsidiária da petroleira estatal PDVSA, detidos na Venezuela, cinco deles cidadãos americanos e um residente permanente dos EUA. Nesta terça, dois dos presos foram libertados no país, logo após a confirmação de Maduro de que se reuniu com os EUA. Maduro também manifestou sua vontade de “avançar em uma agenda que permita o bem-estar e a paz”.
Ainda na última segunda, Maduro anunciou que decidiu “reativar com grande força o processo de diálogo nacional” com “todos os fatores políticos” no país, sem especificar se esta resolução implica retomar a mesa de negociações com a oposição, que foi suspensa em outubro do ano passado. O governo venezuelano e a oposição estabeleceram a mesa de negociações no México em agosto de 2021, mas o processo está suspenso desde outubro. A paralisação ocorreu logo após a extradição para os Estados Unidos do empresário colombiano Álex Saab, suposto testa de ferro de Maduro.
*Com informações da EFE