Segundo declaração de hoje (29), do ministro dos Transportes da França, Patrice Vergriete, “todos os trens” da rede de alta velocidade francesa estão circulando “normalmente”, três dias após os atos de sabotagem ocorridos no dia da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. “Confirmo” que “todos os três estão circulando, tanto na linha Leste — desde sábado —, na linha Atlântico, [na qual] ontem a situação era quase normal; como na Norte, onde três em cada quatro trens estavam circulando. Hoje, eles circulam normalmente”, disse o ministro francês interino à rádio RTL. A empresa ferroviária pública SNCF anunciou no domingo (28) que as obras de reparação foram concluídas e que não haveria mais “qualquer perturbação” a partir da “manhã de segunda-feira “. Na madrugada de sexta (26), os cabos de fibra óptica que passam perto dos trilhos e que garantem a transmissão de dados de segurança aos motoristas (como semáforos, troca de agulhas) foram cortados e incendiados em vários pontos das linhas de alta velocidade do Atlântico (oeste), Norte e Leste.
Segundo uma fonte próxima à investigação, a operação foi “bem preparada” e organizada por uma “mesma estrutura”, afetando 800 mil viajantes ao longo do fim de semana. Vergriete declarou que “700 mil [pessoas] ainda puderam viajar”, enquanto os trajetos de 100 mil passageiros foram cancelados em um sabotagem que “muito provavelmente” terá um prejuízo de milhões de euros, entre “perdas comerciais” e “despesas de reparação”. A empresa ferroviária prometeu reembolsar os passageiros que tiveram suas viagens atrasadas ou canceladas. Uma ativista de extrema-esquerda foi presa no domingo (28) em uma instalação da SNCF em Oissel, norte da França, disse uma fonte policial nesta segunda-feira. Em seu veículo foram encontradas “chaves de acesso às instalações técnicas da SNCF”, “alicates” e um “conjunto de chaves universais”, informou a fonte.
O ministro do Interior interino, Gérald Darmanin, afirmou nesta segunda que haviam “identificado vários perfis que poderiam ter cometido” estas sabotagens, que foram “voluntárias, muito precisas e extremamente bem direcionadas”. Este é o “modo de ação tradicional da extrema-esquerda”, disse Darmanin na rede France 2, pedindo “cautela”. “A questão é se eles foram manipulados ou se agiram por conta própria”, completou.
Publicado por Marcelo Bamonte
*Com informações da EFE
Fonte: jovempan
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