A deputada federal Aline Sleutjes (PROS-PR), vice-líder do governo na Câmara, defende a regulamentação do homeschooling, também chamado de ensino domiciliar, aprovado pela Casa nesta semana. Segundo a parlamentar, o modelo se diferencia do sistema usado durante a pandemia, quando as crianças ficaram em casa com aulas remotas. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A educação domiciliar tem regras, tem que seguir currículo, o pai tem que ter grau de educação também, curso superior ou técnico. Se o pai quiser contratar um tutor para estar com seu filho também é possível”, menciona Aline Sleutjes ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. Ela cita como exemplo experiências já existentes no Brasil para reforçar o sucesso do modelo, com índice de 100% de aprovação dos alunos nas universidades.
“Isso demonstra a eficiência muito grande por parte da educação domiciliar, mais de 60 países já utilizam esse método, então o Brasil estava atrasado nesse debate”, acrescenta a deputada, que vê a proposta como uma “janela de esperança” para os pais brasileiros. “Como todas as coisas novas vai passar por todo questionamentos em cima de vários dilemas, mas o que podemos pegar é que países que já adotam o modelo há muitos anos demonstram qualidade de ensino, aprovação e não houve perda para adolescente se jovens. […] Educação é prioridade e precisamos respeitar centenas de famílias que estão na Justiça”, completou. Questionada sobre as principais críticas ao homeschooling, que apontam para um possível aumento da vulnerabilidade das crianças e piora na sociabilidade, a deputada federal rebateu e lembrou: a educação domiciliar “não é para todos”.
“Se houver histórico, se o pai tem algum crime já envolvido com o ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente], ou qualquer legislação de crime hediondo, ou mesmo de Maria da Pena, ele já não pode solicitar a educação domiciliar. Então a gente já começa a verificar que essa não é uma realidade do projeto. E a situação de sociabilização, toda criança que vai ao mercado, que tem vizinhos, família, parentes, que convive, que tem relacionamentos, vai em aniversário também socializa. Além do mais, essas crianças também vão fazer avaliações a nível da escola credenciada, que vai verificar esse andamento e o aprendizado”, afirmou Aline Sleutjes, que descarta qualquer possibilidade de que todos os alunos de escolas públicas ou privadas passem para o novo modelo. “Isso não é para todos. Tem critérios que possam admitir esse tipo de educação para seus filhos e temos necessidade de respeitar o interesse e desejo de admitir essa educação diferenciada.