Associações regionais de rádio e televisão se uniram às entidades nacionais Abratel e Abert e se manifestaram contrárias à campanha de intimidação que vem sendo propagada pelo movimento Sleeping Giants contra veículos de comunicação, como o Grupo Jovem Pan. A Aerp (Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná) afirmou que acompanha, com preocupação, as reiteradas campanhas de boicote promovidas por indivíduos, movimentos e ONGs contra veículos de comunicação. “Por meio de mídias sociais absolutamente desregulamentadas e muitas vezes blindadas pelo anonimato, perfis de anunciantes são marcados para que deixem de anunciar em determinadas emissoras de radiodifusão, sob pena de serem constrangidos e expostos junto à sociedade até o atendimento de sua demanda. Este modus operandi se traduz em clara ação de intimidação e que tem por finalidade o enfraquecimento econômico de veículos de comunicação, com graves repercussões e prejuízos a diversos profissionais de imprensa que exercem legitimamente a sua atividade profissional”, informou em nota. De acordo com a Aerp, “tais ações não representam o caminho adequado para o aprimoramento da sociedade, da liberdade de expressão e de imprensa, e do Estado Democrático de Direito”.
Já o Sert/SC (Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de Santa Catarina) afirmou que desaprova campanhas como essas de boicotes contra a Jovem Pan. “O Sert/SC rechaça campanhas de intimidação a veículos de comunicação e defende a liberdade de expressão, fator este que culmina na manutenção e desenvolvimento da democracia.” Como a Jovem Pan mostrou, nesta quarta-feira, 22, associações de rádio, televisão e imprensa se manifestaram contrárias à campanha de intimidação que vem sendo propagada pelo movimento Sleeping Giants contra veículos de comunicação, como o Grupo Jovem Pan. Por meio das redes sociais, os perfis de empresas são marcados para que deixem de anunciar em determinadas emissoras de radiodifusão, inclusive a Jovem Pan, sob pena de serem constrangidas e expostas para a sociedade até o atendimento de suas demandas.
“A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) manifesta preocupação com as crescentes campanhas de intimidação contra veículos de comunicação promovidas pelo movimento Sleeping Giants, uma organização que afirma combater discursos de ódio e desinformação de forma anônima na internet”, informou a associação em comunicado. A Abratel afirmou ainda que “defende que o exercício do direito de informação, da pluralidade de ideias e da liberdade de expressão são pilares fundamentais da democracia e devem ser garantidos a todos os meios de comunicação social”.
Já a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) informou que “acompanha, com preocupação, as reiteradas campanhas de boicote promovidas pelo movimento Sleeping Giants Brasil contra determinados veículos de comunicação”. “Trata-se de inequívoca ação de intimidação que tem por finalidade o enfraquecimento econômico de veículos de comunicação, com graves repercussões e prejuízos a diversos profissionais de imprensa que exercem legitimamente a sua atividade profissional. A Abert compreende que tais ações intimidatórias não representam o caminho adequado para o aprimoramento de nossa sociedade, da liberdade de expressão e de imprensa, e do Estado Democrático de Direito”, informou em nota.
Em comunicado, a Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Aesp) afirmou que, na sua missão institucional de defesa do setor de radiodifusão, repudia com veemência as sucessivas ações praticadas contra emissoras de rádio e televisão, incitando o ataque e boicote aos veículos de comunicação, tanto pela audiência como pelo mercado publicitário. “Tais ações trazem graves consequências, pois ferem a liberdade de expressão e de imprensa, constitucionalmente asseguradas, além de causar diversos prejuízos ao setor, aos profissionais da imprensa livre e ao ouvinte/telespectador, impactando diretamente na manifestação do pensamento, da criação, da expressão e da informação. A Aesp reitera seu compromisso com a democracia e espera que sejam observados a liberdade de imprensa e o Estado Democrático de Direito.”
A Associação Paulista de Imprensa também manifestou “veemente repúdio à atuação de um grupo que se denomina Sleeping Giants, que vem atuando há algum tempo no Brasil, constrangendo empresários e empresas para que retirem patrocínios de rádios, TVs, jornais, e comunicadores, que seriam, pelo seu próprio arbítrio e entendimento, contrários à ideologia abraçada por eles, fazendo um tipo de boicote e censura pela redes sociais de diversas plataformas, sob a capa da defesa da democracia”. “Nada mais falso, pois, na democracia verdadeira, a liberdade de expressão é cláusula pétrea. É valor absoluto. Como já percebe toda a sociedade civil do nosso país, e, sem dúvida, já se aperceberam as nossas autoridades responsáveis pela República, é necessário dar-se um basta definitivo a este tipo de guerrilha midiática que, além de arruinar vidas e reputações, provoca também um desequilíbrio na própria economia do país. Instamos nossas autoridades, STF, e inclusive o Congresso Nacional, para pôr termo a este comportamento lesivo à democracia no Brasil. Encarecemos que tomem imediatamente as providências legais cabíveis para cessar este tipo de radicalismo que está minando o nosso Estado Democrático de Direito”, afirma a nota.
O Grupo Jovem Pan condena os ataques e reforça o seu compromisso com a liberdade de expressão. “A trajetória da Jovem Pan é marcada pelo pioneirismo e consequentemente pela coragem. Não é diferente agora. Enfrentamos de frente neste momento uma campanha realizada para desqualificar a nossa marca e nossos parceiros; um movimento inaceitável de cerceamento da liberdade de expressão. Os ataques orquestrados contra a Jovem Pan e seus clientes são uma agressão pública infundada não somente a milhões de brasileiros, que são a nossa audiência, mas também a toda a população deste país. Retirar falas de entrevistados e comentaristas de contexto e criar falsas narrativas sobre o posicionamento editorial da empresa é um método condenável, que ultrapassa limites éticos. Ameaçar empresas e seus clientes é uma tentativa inadmissível de regulação de mídia imposta de forma terrorista, chantagista e marginal a lei. Pluralidade, respeito à diversidade de opinião e à legalidade são bases dos nossos 81 anos de história. O Grupo Jovem Pan usa o trajeto inverso de seus agressores, o legal, e busca no poder público a interrupção desta campanha covarde. Seguimos adiante, produzindo conteúdo e jornalismo comprometido e sério”, informou o comunicado da Jovem Pan.