22 de Novembro de 2024

Ataque com mísseis na Ucrânia deixa mais de 50 mortos


Patryk Jaraccz / AFP

Um ataque com mísseis na cidade de Poltava, na Ucrânia, resultou na morte de pelo menos 51 pessoas e deixou 271 feridos. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu que o que chamou de “escória russa” prestará contas pelo ataque, enquanto as equipes de socorro continuavam trabalhando na remoção dos escombros. “Segundo a informação disponível, este ataque russo matou 51 pessoas”, disse Zelensky em um discurso. “O número de feridos é de 271. Sabemos que tem gente sob os escombros do prédio destruído. Está sendo feito tudo para salvar tantas vidas quanto possível”. De acordo com o governador regional, Filip Pronin, “até 18 pessoas podem estar sob os escombros”. Dois mísseis balísticos atingiram uma instalação de treinamento militar e um hospital nas proximidades, causando o colapso de estruturas e aprisionando vítimas sob os escombros. Este ataque é considerado um dos mais letais desde o início do conflito em fevereiro de 2022.

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O Ministério da Defesa da Ucrânia informou que o tempo entre o alerta e o impacto foi tão breve que muitas pessoas não conseguiram chegar a abrigos seguros a tempo, resultando em um número elevado de fatalidades. “Pegaram as pessoas de surpresa enquanto se dirigiam para o abrigo subterrâneo”, explicou. “Graças ao trabalho coordenado dos socorristas e médicos, 25 pessoas foram resgatadas, das quais 11 foram retiradas dos escombros. Os socorristas continuam seu trabalho”, acrescentou o ministério. Vladimir Rogov, um oficial designado pelo Kremlin, declarou que o alvo do ataque era uma cerimônia de formação militar, embora essa afirmação não tenha sido confirmada. Em resposta ao ataque, Zelensky anunciou a abertura de uma “investigação completa e rápida”.

O governador de Poltava também declarou três dias de luto em homenagem às vítimas. O ataque ocorreu enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, estava em visita à Mongólia, um país que faz parte do Tribunal Penal Internacional. Este tribunal emitiu um mandado de prisão contra Putin por crimes de guerra relacionados ao conflito na Ucrânia. Até o momento, não há informações que indiquem que ele será detido durante sua estadia no país. Blogueiros militares ucranianos afirmaram que os mísseis tinham como alvo uma cerimônia militar oficial que estava sendo realizada ao ar livre.  “Poltava… Como é possível que tanta gente tenha se reunido em um lugar assim?”, questionou o blogueiro Sergei Naumovich, seguido por mais de 135 mil pessoas no Facebook.


Fonte: jovempan

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