O autor de um ataque a tiros em uma escola nos Estados Unidos nesta quarta-feira (4) era um estudante de 14 anos, e duas das quatro pessoas mortas eram alunos da instituição, informaram as autoridades. “Entre os falecidos, dois eram estudantes e dois eram professores aqui na escola”, disse Chris Hosey, diretor do Departamento de Investigação da Geórgia. “O atirador está sob custódia. Ele é um estudante de quatorze anos desta escola.” O atirador, que também era aluno da escola, foi preso. Ele será acusado de homicídio e julgado como adulto, informou o Departamento de Investigação da Geórgia (GBI). Entre os mortos, estão também dois professores.
Após mais um episódio da crise de violência armada nos Estados Unidos — com quase 400 ataques a tiros somente neste ano, segundo uma contagem — pessoas se reuniram em um campo esportivo fora da Apalachee High School, algumas formando um círculo com os braços entrelaçados. “O oficial de segurança da escola o confrontou”, disse o xerife do condado, Jud Smith, referindo-se aos policiais empregados para trabalhar em escolas nos EUA.
“O atirador rapidamente percebeu que, se ele não se rendesse, isso terminaria em um tiroteio envolvendo um policial. Ele se rendeu, deitou-se no chão, e o policial o prendeu.” Smith afirmou que a polícia ainda não sabia se o atirador tinha alvos específicos, e as autoridades ainda não identificaram a arma usada.
Alguns na escola inicialmente pensaram que se tratava apenas de outro exercício de simulação de ataque a tiros, disse uma estudante à AFP, referindo-se aos exercícios controversos comuns nas escolas americanas. “Todo mundo pensou que era um exercício falso até que minha professora disse que não recebeu um e-mail”, disse Alexsandra Romeo.
“Ela nos colocou em um canto, e todos estavam se abraçando. Alguns dos meus amigos estavam chorando, até que dois policiais entraram com suas armas e disseram que isso não era um exercício e que ainda não estávamos seguros.” Outra estudante, Stephanie Folgar, de 17 anos, descreveu ter ouvido “estrondos altos” e alunos em pânico se escondendo nos banheiros e no armário. “É assustador saber que [a vítima] poderia ter sido você”, disse ela.
Um aluno afirmou à mídia local que viu sangue no chão e um corpo enquanto era conduzido para fora do prédio pelas autoridades. O ataque ocorreu perto da cidade de Winder, cerca de 70 quilômetros a nordeste de Atlanta, a capital do estado da Geórgia.
Mais cedo, autoridades da escola haviam informado aos pais que estavam implementando um “bloqueio rígido após relatos de tiros”. Após a liberação da área, os pais foram convidados a ir à escola para se reencontrarem com seus filhos, com longas filas de veículos visíveis do lado de fora.
Quatro pessoas morreram e nove ficaram feridas em um ataque a tiros, nesta quarta-feira (4), em uma escola de ensino médio do Estado da Geórgia, no sul dos Estados Unidos, anunciaram as autoridades locais. “Quatro mortos. Outras nove pessoas foram levadas a vários hospitais com ferimentos. O suspeito está preso e vivo”, informaram nas redes sociais.
Em um comunicado, o presidente americano, Joe Biden, afirmou que ele e sua esposa, Jill, estão de luto “pela morte das pessoas cujas vidas foram interrompidas pela violência armada sem sentido”. “Os estudantes de todo o país estão aprendendo a se agachar e se refugiar em vez de aprender a ler e escrever. Não podemos continuar aceitando isso como algo normal”, acrescentou.
O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, também declarou a jornalistas estar devastado pelas famílias afetadas “por essa terrível tragédia”. “Por volta das 9h30 da manhã (10h30 de Brasília), recebemos a primeira chamada de que havia um atirador ativo” na escola Apalachee em Winder, cerca de 70 km a nordeste de Atlanta, afirmou o xerife do condado de Barrow, Jud Smith.
Os alunos foram evacuados ou agrupados em um campo esportivo, de acordo com imagens aéreas divulgadas pela mídia. “Minha professora abriu a porta da sala para ver o que estava acontecendo. Outro professor entrou correndo e disse para ela fechar a porta porque havia um homem armado”, contou o estudante Sergio Caldera, de 17 anos, citado pela ABC.
Com a porta fechada, ele e seus colegas ouviram gritos vindos do lado de fora. Os Estados Unidos são o único país desenvolvido do mundo que registra ataques a tiros frequentes em escolas. “Após décadas de inação, os republicanos no Congresso devem finalmente dizer ‘basta’ e trabalhar com os democratas para aprovar uma legislação de bom senso sobre segurança das armas”, afirmou Biden no comunicado.
*Com informações da AFP e EFE
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: jovempan
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