A bancada do PSOL na Câmara dos Vereadores de São Paulo entrou com uma queixa-crime no Ministério Público (MPSP) contra o parlamentar Camilo Cristófaro (sem partido). A líder do partido na cidade, vereadora Erika Hilton, publicou uma nota em seu site onde afirma que encaminhou a ação ao Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi) do órgão e acusa Cristófaro de realizar “reincidentes manifestações preconceituosas”. Com isso, o grupo pede que o parlamentar seja investigado na esfera penal por racismo. No dia 3 de maio, durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as atuações das empresas de aplicativo na Câmara Municipal de São Paulo, o vereador proferiu uma fala racista durante sua participação, de maneira remota. “Varrendo com água na calçada. É coisa de preto, né?”, disse Cristófaro. No dia seguinte, o vereador foi desfiliado do PSB e justificou-se alegando que sua afirmação foi “infeliz” e que não é racista já que “setenta por cento” de seu gabinete “é afro”.