23 de Fevereiro de 2025

Barroso diz que inquérito das fake news foi ‘atípico’ e ‘demorado’, mas ‘necessário para enfrentar o extremismo’


TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Na noite de segunda-feira (09), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, reconheceu que o inquérito sobre fake news, que está sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, tem demorado. No entanto, ele ressaltou que os eventos que justificam essa investigação têm se intensificado ao longo do tempo. Barroso acredita que essa apuração é fundamental para a proteção da democracia no Brasil.

“O inquérito, com todas as singularidades que, reconheço, ocorreram, foi decisivo para salvar a democracia no Brasil. Nós estávamos indo para um abismo. Foi atípico, mas olhando em perspectiva, foi necessário e acho que foi indispensável para nós enfrentarmos o extremismo no Brasil. O inquérito está demorando porque os fatos se multiplicaram no decorrer do tempo”, afirmou em entrevista com jornalistas.

O inquérito, que já se estende por mais de cinco anos, foi instaurado em março de 2019 sem a solicitação do Ministério Público. Seu objetivo é investigar a disseminação de notícias falsas e ameaças que comprometem a integridade do STF e de seus integrantes. Barroso mencionou as invasões golpistas ocorridas em 8 de janeiro como um dos motivos que reforçam a necessidade de continuidade do processo.

Durante uma conversa com Moraes, Barroso expressou a expectativa de que todo o material relacionado ao inquérito fosse encaminhado ao procurador-geral da República ainda neste ano. Contudo, ele não garantiu que as investigações chegariam ao fim nos próximos meses, deixando em aberto a possibilidade de prazos adicionais. “Ainda vamos ter um ano lidando, talvez não mais com o inquérito, mas com as ações penais decorrentes desses inquéritos”, contou.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

A condução do inquérito é feita pelo próprio ministro Alexandre de Moraes, e a Polícia Federal tem solicitado mais tempo para realizar as diligências necessárias. O caso tramita em sigilo, o que impede a divulgação de informações sobre os investigados e as ações já implementadas. Essa situação tem gerado críticas, especialmente pelo fato de que Moraes, uma das supostas vítimas, atua como juiz do processo.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira 

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.

Fonte: jovempan

Participe do nosso grupo no whatsapp clicando nesse link

Participe do nosso canal no telegram clicando nesse link

Assine nossa newsletter
Publicidade - OTZAds
Whats

Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.