O agora ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque afirmou nesta segunda-feira, 11, que a sua saída da pasta foi uma decisão “consensual” tomada em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro (PL). A exoneração foi publicada em edição do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 11. A troca aconteceu dias após o chefe do Executivo tecer uma série de críticas à política de preços da Petrobras e aos recentes aumentos dos combustíveis pela estatal. “Eu não posso entender a Petrobras faturar horrores durante a crise da pandemia e agora guerra lá fora. O lucro da Petrobras é maior com a crise. Isso é um crime, é inadmissível”, declarou Bolsonaro em live. Na ocasião, o presidente chegou a citar o ministro Bento Albuquerque e o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, dizendo que eles não poderiam aumentar a tarifa do diesel. Na segunda-feira, 9, porém a empresa anunciou um novo reajuste de R$ 0,40 na tarifa para as distribuidoras.
Em nota divulgada pelo MME, o ex-ministro assegura que a sua demissão foi alinhada em reunião com Bolsonaro e que teve “caráter pessoal”. “O ex-Ministro Bento Albuquerque participa que a decisão de deixar o Ministério de Minas e Energia foi de caráter pessoal e tomada em reunião entre ele e o Presidente de forma consensual”, diz o documento. “Por fim, participa que agradece a oportunidade e que se orgulha de ter participado do Governo do Presidente Bolsonaro, que continua a contar com a sua lealdade, respeito e amizade”, acrescenta a nota. Albuquerque foi substituído por Adolfo Sachsida, que antes ocupava o posto de chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia.