O centroavante francês Karim Benzema, do Al-Ittihad, da Arábia Saudita, lamentou ser considerado terrorista e negou ser um mulçumano fundamentalista. As declarações foram repassadas pelo seu advogado Hugues Vigier. De acordo com a defesa, o jogador se queixa de que por motivos de “má política” e “eleitoral” foi envolvido em uma polêmica sobre o assassinato de um professor na França. Em entrevista nesta sexta-feira à emissora “France Info”, o advogado criticou o que descreveu como “chantagem odiosa” por parte do ministro do Interior, Gérald Darmanin, que desafiou o atacante a negar o que tinha afirmado sobre a sua proximidade com a Irmandade Muçulmana e sobre sua “indignação seletiva”. Darmanin falou que se Benzema quisesse “mostrar sua boa fé” tinha que publicar nas suas redes sociais uma mensagem condenando o ataque jihadista de uma semana atrás, em Arra, onde um professor foi assassinado na sua escola secundária, assim como ele tinha demonstrado solidariedade com os palestinos da Faixa de Gaza, no conflito com Israel. O advogado do atleta respondeu acreditar que “nestas condições não terá muita vontade de o fazer” e que não é o seu cliente quem tem de mostrar suas boas intenções, mas sim o ministro, que teria de “ter a coragem política” para admitir que o que disse sobre ele é “falso”. Para Vigier, as palavras do ministro do Interior no início da semana, em que apontou sua suposta proximidade com a Irmandade Muçulmana, movimento fundamentalista proibido em alguns países, mas não na França, foram “devastadoras” e tiveram um impacto “dramático” para Benzema. Ele revelou que esteve falando com Benzema que o disse: “Ouvi tantas coisas sobre mim e tantas coisas injustas. Mas agora são os meus filhos, são os meus filhos que sofrem porque acusam o pai de ser um terrorista”.
*Com informações da EFE.
Fonte: jovempan
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