As bets contratam influenciadores para divulgar seus negócios e o principal público impactado por essa propaganda é o beneficiário do Bolsa Família que gasta mensalmente mais de R$ 3 bilhões com apostas online.
Essa triste realidade do Brasil é o retrato fiel de uma sociedade acamada, que imagina a prosperidade caindo do céu, que enxerga o trabalho duro para conquistar objetivos como coisa de otário, um supremo “perdeu, mané”. Entende?
Uma sociedade que não quer trabalhar e não quer estudar; anos de estudo também são vistos como perda de tempo ou coisa de “cdfs”.
O mundo gira em uma velocidade muito rápida; se estivermos desatentos, nem percebemos. Hoje lemos muito, mas sabemos pouco; somos generalistas.
No passado, líamos livros. Podíamos dividir leitores em quem lia muitos livros e quem tinha preguiça de ler, lendo assim poucos livros durante o ano. Depois, passamos por um período no qual ler livros passou a ser perda de tempo, pois, com a internet, tínhamos à nossa disposição resumos, sínteses e opiniões sobre todos assuntos ou livros. Logo, bastava terceirizar nossa opinião para um indivíduo que tivesse lido e estava tudo certo.
No senso comum, os livros perderam importância, suas sínteses também; logo, passamos a ficar satisfeitos com notas da imprensa, matérias sobre determinado assunto, abrimos mão dos escritores, dos leitores profissionais (criadores de sínteses e resumos) e adotamos jornalistas de estimação.
Essa doença continua a empestear a sociedade, agora com as redes sociais e uma infinidade de notícias. Assim, basta lermos o título da matéria com uma imagem sugestiva nas redes sociais e pronto! Como mágica, já damos como lida a notícia. Uma loucura!
O que esperar de uma sociedade reducionista como esta? Parecemos um enxame de abelhas em busca de um salvador da pátria. Ou seria uma abelha rainha para nos guiar até o mel abundante da prosperidade?
Esse contexto é agravado pelo fato de termos no país um governo de cunho progressista que busca difundir ideologias de gênero, descriminalização das drogas, liberação do aborto e, agora, liberação dos jogos de azar.
E onde as bets se inserem nesse contexto? As bets compraram seu passaporte social por intermédio da paixão do brasileiro: o futebol. Já os influenciadores dão a falsa impressão do sucesso fácil no mundo digital, de uma vida glamorosa e “instagramável” que não existe no mundo real.
Infelizmente, parte da sociedade que recebe dinheiro do Bolsa Família, sem precisar trabalhar, vê no mundo das apostas, entrelaçadas na paixão pelo futebol e no sentimento de especialistas no assunto, um caminho fácil para a prosperidade com foco na vida linda e irreal de seus influenciadores de estimação.
Um ciclo vicioso de empobrecimento financeiro, intelectual e social de um país doente.
Nesse contexto, é mais atual do que nunca os ensinamentos bíblicos, em especial Provérbios 14:23:
“Todo trabalho árduo traz proveito, mas meras palavras levam apenas à pobreza”.
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Fonte: plenonews
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