O ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (21) na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi marcado por acusações de parcialidade contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e por manifestações de gratidão ao empresário Elon Musk, dono do X, da Tesla, da SpaceX e da rede de satélites Starlink. O evento – o primeiro de uma série de manifestações em que o ex-presidente pretende promover seus candidatos a prefeito – teve um público menor do que o esperado. Ele reuniu 32.750 pessoas, segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP). É um número que equivale a 17% do público na manifestação na Avenida Paulista, em fevereiro (185 mil), e metade do registrado no outro protesto em defesa de Bolsonaro no mesmo lugar, em 2022 (64,6 mil).
Coube ao pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato pró-Jair Bolsonaro, deixar claro, ao chegar a Copacabana, qual era o principal objetivo do evento. “Meu negócio não é STF, meu negócio é Alexandre de Moraes”, disse. “Vamos mostrar através de fatos o que está acontecendo nesse País.” Após os discursos, Bolsonaro posou para fotos de braços estendidos com aliados no palanque. Boa parte deles vai disputar as eleições de 2024. Na corrida pela prefeitura do Rio, o deputado Alexandre Ramagem (PL) deverá ser o representante do bolsonarismo.
O ato também serviu para expor bolsonaristas que serão lançados nas disputas pelas prefeituras nas eleições de outubro. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que os eleitores cariocas precisam “de uma política nova”, de “gente de bem”. Ela optou por um discurso menos inflamado, na comparação com o tom adotado no ato de fevereiro, na Avenida Paulista. A manifestação de ontem foi aberta pelo presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto. Ele disse que é no Rio onde o partido é mais forte e anunciou os principais nomes da sigla no Estado. Em seguida, Valdemar saiu do carro de som porque, por decisão do STF, ele não pode manter contato com Bolsonaro. Antes do ato, Bolsonaro disse que a manifestação procurava defender a democracia. “Espero que dê tudo certo aqui e que a liberdade de expressão, tão importante para a democracia, seja preservada”.
*Com informações de Estadão Conteúdo
Fonte: jovempan
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