O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira, 24, que coloca “a cara no fogo” pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, após denúncias de irregularidades na pasta. “Eu boto minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele”, declarou durante sua live semanal. Bolsonaro afirmou que o chefe do MEC enviou um documento à Controladoria Geral da União (CGU) em 27 de agosto de 2021, em que informou sobre suspeitas de irregularidades no ministério. Na transmissão ao vivo, o presidente confirmou que se tratam das mesmas denúncias publicadas pelos jornais Folha de S.Paulo e Estado de São Paulo nesta semana. As reportagens mostraram que pastores estariam cobrando propina de prefeitos em troca de facilitar o envio de recursos federais aos municípios.
“A CGU, que tem o ministro Wagner Rosário à frente, recebeu em 27 de agosto do ano passado, documentos enviados pelo ministro Milton Ribeiro, da Educação, relativos a duas denúncias sobre possíveis irregularidades no ministério. Exatamente o caso que está na mídia agora. A CGU investigou o caso por seis meses e chegou a conclusão que não tinha a participação de nenhum servidor público. Resolveu então, no dia 3 de março agora, 21 dias atrás, encaminhar essas peças para a Polícia Federal”, disse Bolsonaro. O presidente também parabenizou a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, por autorizar a abertura de um inquérito na Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar a questão. “Parabéns à Cármen Lúcia. Estou muito feliz, e o Milton também está muito feliz com a autorização que o Supremo deu para a PGR investigar esse episódio. Esperamos que os prefeitos colaborem realmente com informações que levem à conclusão e responsabilização dos fatos”, concluiu.