O Brasil conta com uma média de dois policiais militares para cada mil habitantes, de acordo com o levantamento Raio-X das Forças de Segurança, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Esse índice é considerado razoável se comparado com outros países, como os Estados Unidos, onde a média varia de 1,8 a 2,6 policiais por mil habitantes, conforme a Associação Internacional de Chefes de Polícia. No entanto, ter mais policiais não garante necessariamente mais segurança. Um exemplo disso é o Amapá, que possui 4,2 agentes para cada mil habitantes, mas apresenta a maior taxa de mortes violentas do Brasil, principalmente devido ao número de óbitos decorrentes de intervenções. Por outro lado, Santa Catarina, com 1,3 policiais militares por mil habitantes, possui uma das menores taxas de mortes violentas intencionais, resultado de mudanças na gestão da segurança.
Em 2023, o Brasil contava com um efetivo de 786.022 profissionais da segurança pública distribuídos em diversos órgãos federais, estaduais, distritais e municipais. A Polícia Militar é a maior força policial, com 404.874 homens e mulheres, seguida pela Polícia Civil, com 95.908 policiais, e pela Polícia Penal, com 94.673 pessoas. Nos últimos dez anos, houve uma queda no efetivo da Polícia Militar e das polícias civis, enquanto o número de guardas municipais estruturadas cresceu. Segundo o Fórum, a forma como a segurança é pensada pelos governos se tornou inviável economicamente, com os policiais custando mais do que servidores de outras áreas. No Brasil, os profissionais de segurança pública têm uma renda média bruta de R$ 9.023,79, superior à de outras carreiras do funcionalismo público. No entanto, em comparação com outros países, os agentes brasileiros são mais mal remunerados, o que levanta a possibilidade de colocar civis em cargos burocráticos para reduzir o impacto na folha de pagamento.
Publicada por Felipe Cerqueira
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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