O governo brasileiro, em uma ação conjunta com a Turquia e mais 50 nações, assinou um pedido formal para que a comunidade internacional interrompa o fornecimento de armamentos a Israel. Este movimento foi anunciado pelo Ministério de Relações Exteriores da Turquia, com o chanceler Hakan Fidan divulgando a iniciativa durante uma visita oficial ao Djibuti, na África. A carta, que reúne 54 assinaturas, incluindo duas organizações, foi entregue à ONU na última sexta-feira (1º). O representante turco destacou que ações semelhantes serão tomadas sempre que houver vendas de armas a Israel, argumentando que tal fornecimento equivale a participar de genocídio.
Além do Brasil e da Turquia, a iniciativa foi apoiada por países como Arábia Saudita, China, Irã, Rússia e Argélia. A Liga Árabe e a Organização para a Cooperação Islâmica também estão entre as entidades que endossaram o pedido. Em outubro, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, já havia solicitado à ONU um embargo de armas a Israel, considerando a medida crucial para encerrar o conflito entre o grupo terrorista Hamas e o Estado judeu na Faixa de Gaza. O governo brasileiro, por sua vez, já expressou críticas às ações militares de Israel em Gaza e no Líbano, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando a ofensiva israelense ao Holocausto nazista.
A declaração de Lula provocou reações intensas, com o governo de Israel e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu criticando severamente o líder brasileiro. Em resposta, Lula foi declarado persona non grata em Israel, e o embaixador do Brasil em Tel Aviv foi convocado para uma reprimenda pública. Este gesto foi visto como uma provocação de Israel contra o Brasil, levando o governo brasileiro a retirar seu embaixador do país.
*Com informações de Daniel Caniato
Fonte: jovempan
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