Entre os anos de 2018 e 2020, a pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa Florestal Internacional (Cifor-Icraf) revelou que caçadores ilegais mataram pelo menos 4.658 animais silvestres. As postagens relacionadas a essas mortes nas redes sociais, especialmente no Facebook, geraram um total de 421.374 curtidas e 45.854 comentários, evidenciando a repercussão desse tipo de atividade. O Ibama considera essa divulgação uma forma de apologia ao crime, sujeitando os infratores a penas que variam de 3 a 6 meses de detenção ou multas. Os dados coletados indicam que entre os animais abatidos estão pacas, aves, tatus, tartarugas e jacarés, com ocorrências registradas em todos os biomas do Brasil. A pesquisa também destacou a presença de 19 espécies ameaçadas de extinção, como a anta. A legislação brasileira proíbe a caça, exceto em situações específicas de controle populacional que sejam autorizadas pelo Ibama.
A Amazônia foi identificada como a região com o maior número de casos de caça ilegal, totalizando 707 eventos, seguida pela Mata Atlântica, com 688. O Ibama tem observado um crescimento alarmante nos crimes contra a fauna, especialmente nas plataformas digitais. Entre 2021 e 2022, a autarquia impôs uma multa de R$ 11,5 milhões ao Facebook devido à veiculação de conteúdos relacionados à caça, incluindo anúncios de armas e dicas para caçadores. Além das multas aplicadas, houve casos em que a divulgação de caçadas resultou em punições diretas aos infratores. Em março, por exemplo, caçadores foram multados em R$ 76 mil após a publicação de um vídeo que mostrava 30 pacas mortas. Em abril de 2022, um pecuarista foi detido após aparecer em um vídeo exibindo uma onça que havia abatido, demonstrando que as autoridades estão atentas a essas práticas ilegais.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Marcelo Seoane
Fonte: jovempan
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