A posse da nova presidente da Caixa Econômica Federal está marcada para a próxima terça-feira, 5, em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Daniella Marques foi nomeada após o vazamento de denúncias de assédio sexual envolvendo o ex-presidente da instituição, Pedro Guimarães. Após a divulgação do escândalo, o Conselho de Administração do banco aprovou a contratação de uma auditoria externa para apurar as denúncias de assédio sexual contra Guimarães, que deixou o cargo para se defender das acusações, que também são investigadas pelo Ministério Público Federal.
O caso de Pedro Guimarães ganhou força também no Senado Federal e, durante sessão nesta quinta-feira, 30, o senador Jorge Kajuru (Podemos-SP) fez um discurso duro sobre as denúncias contra o ex-presidente. “Se o presidente Jair Bolsonaro, no convívio com o presidente da Caixa, soubesse desse seu vício, é evidente que ele teria sido demitido muito tempo atrás”, disse o parlamentar.
A nova presidente da Caixa chega com vários desafios ao cargo. Um deles é afastar outros integrantes da instituição que tenham tido participação no escândalo. Segundo algumas denúncias, há casos de um vice-presidente de Guimarães que atuava em conjunto com o então presidente nos casos de assédio. Há também outros relatos que indicam que houve acobertamento de denúncias no banco. No alto escalão são 12 vice-presidências e duas diretorias, jurídica e auditoria, vinculadas diretamente à presidência do banco. Em um comunicado, a Caixa Econômica Federal disse que o Conselho aprovou também a indicação da vice-presidência de habitação do banco, Henriete Alexandra, para exercer interinamente o cargo de presidente até a posse de Daniella Marques.