A Câmara dos Deputados prepara um pacote de votações na área da segurança pública para o começo de julho. Em entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta quinta-feira, 30, o deputado Gurgel (PL-RJ) falou sobre o assunto. Segundo ele será uma semana inteira voltada somente para aprovação de projetos de lei na área da segurança. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deverá escolher dentre 50 propostas quais vão para votação no plenário. “A ideia é muito boa e surgiu de uma mobilização nossa da [Frente Parlamentar da] Segurança Pública e de uma reclamação de que a Câmara não estava discutindo projetos de combate à violência e combate ao crime (…) A gente se reuniu e o presidente da Câmara vai escolher dentre 50 projetos de lei quais seriam os mais oportunos e importantes para serem votados nesta semana da segurança pública, vai ser uma semana inteira de projetos de segurança pública”, afirmou Gurgel.
Segundo o deputado, a semana servirá para colocar em pauta algumas questões, mas não vai resolver todos os problemas, sendo necessários novas datas e discussões sobre o tema. “Difícil se combater a criminalidade da forma que está fazendo as coisas a toque de caixa. Antes a toque de caixa do que nunca. A semana é muito importante, mas depois temos que colocar, por exemplo, em agosto, em setembro, definir data para discutirmos de novo a segurança pública, porque a gente está perdendo o nosso país para o crime organizado. E nesta semana nós teremos projeto que, possivelmente, não vão ter um impacto tão pesado, como terrorismo doméstico, por exemplo, essa lei não vai para pauta porque gera polêmica, não tem tempo para discussão. E, aí, a gente continua remediando em doses bem pequenas o problema da violência, que precisa de uma dose muito forte de ações, envolvendo toda a sociedade”, pontuou.
Questionado sobre tipos de projetos de lei que estão entre os 50 selecionados, que vão passar pelo crivo do presidente da Casa, Gurgel disse que não há nada que verse sobre a audiência de custódia, já que o tema continua preso na Comissão de Constituição e Justiça e não está ápto para ir ao plenário. Entretanto, informou que o ajuste das “saidinhas” de presos está entre as propostas. ” [O projeto da] saidinha não visa acabar, visa restringir, que já é alguma coisa. O problema é haver ambiente para aprovar. A gente sabe que a esquerda vai brigar muito e esse projeto vai gerar… A ideia é pautar projetos que não vão gerar muita discussão”, disse. “A Câmara precisa fazer a parte dela, mas os outros poderes também precisam. Os governadores precisam agir, o judiciário precisa chegar num concesso, ele precisa cumprir a lei, não pode atropelar a lei como eles vêm atropelando, alguns pelo menos, criando dificuldade para a segurança pública. Se não houver esforço de todo mundo, infelizmente nós não vamos vencer essa luta contra o crime organizado no Brasil”, finalizou.
Fonte: jovempan
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