A instalação de câmeras no uniforme de policiais militares de São Paulo, criada durante o governo de João Doria, vem gerando discórdia entre os pré-candidatos ao governo do Estado. O atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) quer evitar a polêmica e ainda não tomou parte do assunto. Ele afirma que as câmeras existem para filmar os criminosos e proteger os agentes, mas pretende discutir com o comando da corporação o melhor uso dos equipamentos. Já Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) afirma que se for eleito vai retirar as câmeras das fardas. Ele afirma que os equipamentos colocam em risco a vida dos policiais e a melhor forma de combater o crime seria com maior treinamento. Fernando Haddad (PT) diz que a instalação dos objetos é um dos poucos avanços que se pode registrar na política de segurança pública do Estado. Para ele, o uso serve como proteção para cidadãos e defesa dos próprios policiais militares, enquanto Márcio França (PSB) afirmou que acabaria com a utilização, considerada invasiva.
Segundo levantamento da Polícia Militar, o uso das câmeras aumenta a proteção da tropa. Nos últimos três anos, as ocorrências de resistências a abordagens policiais caíram 33% nos batalhões que usam a tecnologia. Nas outras unidades, a queda foi 19%. O coronel José Vicente reforça que o instrumento conta com aprovação dos agentes. “É um avanço em vários sentidos. Primeiro porque dá muita transparência a tudo que o policial faz. O policial militar, principalmente, que está nas ruas, é o braço do poder do Estado. O Estado quer zelar pelo bom uso da força feita através desses policiais. E o que temos observado é que quanto mais se incrementa o uso dessas câmeras, maior a qualidade do trabalho policial”, pontua, em entrevista à Jovem Pan News.
*Com informações do repórter Victor Moraes