Dois dias após o início da campanha de vacinação contra a poliomielite na Faixa de Gaza, 158.992 crianças receberam a primeira dose do imunizante contra o vírus, que ressurgiu no enclave com um caso confirmado até o momento, anunciou o Ministério da Saúde local na segunda-feira (2). A campanha emergencial de vacinação contra a poliomielite continua na província central (Gaza) pelo segundo dia consecutivo, com um grande comparecimento de cidadãos”, comunicou o Ministério da Saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também observou “grande entusiasmo entre a comunidade”, nas palavras do doutor Deepak Kumar, da organização, que estava presente em um ponto de vacinação em Deir al-Balah no domingo, de acordo com um vídeo da entidade.
A meta de vacinação das organizações responsáveis pela campanha — a OMS, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) — era de cerca de 157 mil crianças na região central de Gaza e, faltando dois dias para o fim do processo nessa parte do enclave, já ultrapassaram sua meta. No total, o objetivo é vacinar cerca de 640 mil crianças com menos de 10 anos de idade em todo o enclave e aumentar a taxa de vacinação para 95% – depois de ter caído para 89% em 2023, o que foi atribuído à guerra. Não houve incidentes de segurança durante os dois dias, disse a porta-voz da OMS, Bisma Akbar, referindo-se às pausas humanitárias acordadas com o Exército das 6h às 14h para que os habitantes de Gaza possam ir com segurança e à luz do dia para receber sua primeira dose de vacina.
A campanha, que está entrando em seu terceiro dia consecutivo na região central de Gaza, continuará até quarta-feira nessa área, antes de seguir para o sul em 5 de setembro, após o que se espera que se estenda por mais quatro dias no sul, antes de finalmente chegar ao norte da Faixa. A vacina contra a pólio, que está sendo administrada por gotas orais, consiste em duas doses, portanto uma segunda rodada de imunização está planejada pelas organizações humanitárias e pelo exército para o final de setembro.
Gaza esteve livre do vírus por 25 anos até 16 de agosto, quando o Ministério da Saúde palestino registrou um caso da doença em um bebê de 10 meses de idade, nascido pouco antes do início da guerra e que não havia sido vacinado. Desde então, as autoridades do enclave têm culpado as condições precárias em que a população vive por causa da guerra, como superlotação, escassez de água e produtos de higiene e convivência com esgoto, como a causa do ressurgimento.
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte
Fonte: jovempan
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