Estefany Puente, candidata à Assembleia Legislativa da província de Los Ríos, afirmou nas redes sociais que o carro em que estava viajando foi baleada na cidade de Quevedo. “Hoje fui vítima de um ataque contra a minha integridade”, disse ela sobre o incidente, ocorrido na última quinta-feira, 11. O atentado contra a candidata ocorre um dia depois do assassinato do presidenciável Fernando Villavicencio, que foi baleado na saída de um comício eleitoral na capital Quito. Puente afirmou que esta crise de insegurança é produzida “por um governo inoperante, envolto em corrupção, máfias, fruto de governos anteriores (dos fugitivos) e do atual, de quem negocia com grupos criminosos e são protegidos por ele”. As fotos divulgadas pela imprensa local mostram um veículo com adesivos de campanha eleitoral que aparentemente recebeu um impacto de bala no lado esquerdo do vidro frontal, onde fica o motorista.
Como resultado do ataque mortal sofrido por Villavicencio, o governo de Guillermo Lasso declarou na noite de quarta-feira, 9, um novo estado de exceção por 60 dias em todo o território nacional, a medida suspende alguns direitos fundamentais como a inviolabilidade do domicílio. À semelhança de outras ocasiões anteriores em que também esta medida foi tomada, o governo procura assim dar maior tranquilidade à população e travar a onda de insegurança que assola o país há mais de dois anos e que as autoridades associam sobretudo ao crime organizado e ao tráfico de drogas.
O assassinato de Villavicencio chocou o Equador por se tratar de um candidato presidencial; embora este tipo de ataque, como o sofrido por Puente, já tivesse sido perpetrado em meses anteriores contra outros candidatos e políticos. Da mesma forma, o prefeito de Manta, Agustín Intriago, e um candidato a deputado da província de Esmeraldas, fronteira com a Colômbia, foram assassinados semanas atrás, enquanto o prefeito de Durán também foi vítima de um atentado. O Equador fechou o ano de 2022 com a maior taxa de mortes violentas de sua história, registrando 25,32 por 100 mil habitantes, a grande maioria associada, segundo o governo, ao crime organizado e ao narcotráfico, que ganhou força no litoral e transformou os portos em grandes trampolins para a cocaína chegar à Europa e à América do Norte.
Fonte: jovempan
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