22 de Novembro de 2024

Caso ‘submarino do Titanic’: Cofundador da OceanGate diz que segurança estava em primeiro lugar


EFE/Ocean Gate

O cofundador da OceanGate Expeditions, Guillermo Soehnlein, se pronunciou pela primeira vez nesta sexta-feira, 23, após a Guarda Costeira dos Estados Unidos ter confirmado na quinta-feira, 22, a implosão do submersível da empresa americana com cinco pessoas a bordo perto dos destroços do “Titanic”. De acordo com ele, a segurança estava em primeiro lugar quando a companhia de exploração em águas profundas foi criada. A declaração é feita após o diretor do filme “Titanic”, James Cameron, acusar a OceanGate Expeditions de ignorar os alertas de segurança, depois que o piloto Stockton Rush, o outro fundador da empresa, e mais quatro pessoas morreram na implosão do submersível ‘Titan‘. Guillermo Soehnlein, que fundou a OceanGate com Rush antes de abandonar a empresa em 2013, afirmou que não participou no projeto de concepção do submersível “Titan”, mas negou que o amigo atuasse de forma imprudente. “Ele era extremamente comprometido com a segurança”, declarou à emissora britânica Times Radio. “Ele também era extremamente diligente na gestão de riscos e muito consciente dos perigos de operar em um ambiente oceânico profundo. Esta foi uma das principais razões pelas quais concordei em fazer negócios com ele em 2009”, destacou.

Soehnlein recordou que o próprio Cameron fez várias descidas em submersíveis, incluindo mais de 30 até os destroços do “Titanic” no Atlântico Norte e até o ponto mais profundo da Terra, a Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico. “Eu acho que ele foi questionado sobre um risco similar e disse: ‘Olha, se algo acontecer nessa profundidade, será catastrófico em questão de microssegundos'”, declarou. “Ao ponto em que a implosão acontece em velocidades quase supersônicas e você basicamente estaria morto antes que seu cérebro pudesse processar que algo estava errado”, acrescentou. Soehnlein enfatizou, no entanto, que é muito cedo para afirmar o que aconteceu com o ‘Titan’ e que é muito complicado formular regras globais para os submersíveis projetados para navegar em grandes profundidades. Porém, a exploração em águas profundas deve continuar, apesar da tragédia, disse o empresário. “Assim como na exploração espacial, a melhor maneira de preservar as memórias e os legados dos cinco exploradores é conduzir uma investigação, descobrir o que deu errado, tirar as lições aprendidas e seguir em frente”, concluiu.

*Com informações da AFP.


Fonte: jovempan

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