22 de Setembro de 2024

Casos de violência política no Brasil aumentam 23% em dois anos


REUTERS/Adriano Machado

O número de atos violentos relacionados a motivações políticas cresceu 23% desde 2020, segundo dados do Observatório da Violência Política e Eleitoral. Os números consideram apenas os casos registrados no primeiro semestre de cada ano. Em 2022, foram contabilizadas 214 ocorrências até junho, sendo 45 suspeitas de homicídio. No ultimo trimestre, entre abril e junho, foram 101 casos – 23 Estados tiveram ao menos um registro de violência política, com São Paulo liderando, com 17 ocorrências, seguido por Bahia e Rio de Janeiro, com 10 cada. O Sudeste foi a região mais violenta, com 36,6% das ocorrências, seguida pelo Nordeste, com 31,8%. Também houve 24 homicídios, sendo quatro no Paraná, Estado com maior incidência. Apesar disso, o Nordeste concentra o maior número de assassinatos, com 41,7% dos registros. As ameaças são o tipo mais comum de violência, representando 36,6% do total. Na sequência, estão agressões (26,7%), homicídios (18,8%) e atentados (8,9%). Também foram observados casos de sequestro. O PSD, do ex-prefeito e ex-ministro Gilberto Kassab, foi o partido mais atingindo pela violência política neste trimestre, com 12 registros, seguido pelo PL, do presidente Jair Bolsonaro, com 10 casos, PSDB e Republicanos, com nove casos cada. Vereadores e prefeitos costumam ser os mais atingidos.

Para evitar novos casos durante as eleições, o  Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu o transporte de armas tanto no dia da votação quanto nas 24 horas antes e depois da data. Quem for identificado em porte de armas ou munição será preso em flagrante, sem prejuízo do crime eleitoral correspondente. Os ministros já haviam decidido anteriormente que o transporte de armamento não seria permitido dentro de um perímetro de 100 metros das seções eleitorais, a não ser por agentes de segurança pública. “Eleições livres e pacíficas são da essência da democracia. Incumbe aos poderes do Estado prevenir situações potencialmente sensíveis, o que implica medidas legais e administrativas adequadas. O poder de polícia permite ao Poder Público limitar liberdades por razões de bem comum. O Código Eleitoral prevê diversas hipóteses, gerais e específicas, de poder de polícia em favor da Justiça Eleitoral”, defende a decisão.

Fonte: jovempan

Participe do nosso grupo no whatsapp clicando nesse link

Participe do nosso canal no telegram clicando nesse link

Assine nossa newsletter
Publicidade - OTZAds
Whats

Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.