O Catar negocia com Israel e o Hamas um acordo para a libertação de 50 reféns em troca de três dias de cessar-fogo, informou, nesta quarta-feira, 15, uma fonte que estar a par das negociações. Caso se concretize, essa será a maior libertação desde o começo da guerra que chegou ao seu 40º dia. Até o momento, apenas quatro reféns foram libertos, sendo todos mulheres, suas israelenses e duas norte-americanas. O acordo, que está sendo coordenado com os Estados Unidos, também fala sobre a libertação de mulheres e crianças palestinas que estão em prisões em Israel, contudo, ainda não se sabe quantas teriam direito a essa liberdade. A proposta também inclui aumento da ajuda humanitária. Segundo as informações iniciais, o Hamas já teria concordado, contudo, Israel ainda não teria dado sinal verde. O país exige uma lista completa de todos os civis que estão sequestrados na Faixa de Gaza. São 240 reféns, segundo o último balanço israelense.
Desde o começo do conflito o Catar tem se movimentado para ajudar nas negociações de libertação dos reféns. O país possui uma relação próxima com o grupo terrorista e abriga o escritório político do grupo. Nesta quarta, o Catar exigiu uma “investigação internacional” sobre as operações militares israelenses contra hospitais na Faixa de Gaza e denunciou a incursão ao Al Shifa como um “crime de guerra”. O Catar “condena com a máxima firmeza” a operação em Al Shifa, a qual considera como “um crime de guerra e uma violação flagrante das leis e acordos internacionais”, disse o Ministério das Relações Exteriores desta monarquia do Golfo em um comunicado.
O Exército israelense realizou nesta quarta-feira uma operação no principal hospital de Gaza, onde milhares de palestinos se refugiam. Israel afirma que o Hamas usa o hospital Al Shifa como base militar, uma acusação apoiada pelos Estados Unidos e negada pelo movimento islamista. O Catar pede “uma investigação internacional urgente, com investigadores independentes da ONU, sobre as operações contra hospitais realizadas pelo exército de ocupação israelense”. Também insta a comunidade internacional a “agir urgentemente para responsabilizar Israel por seus atos e dissuadi-lo de cometer outros crimes contra civis”. Catar pede ‘investigação internacional’ de operações militares de Israel em hospitais de Gaza
*Com informações da Reuters
Fonte: jovempan
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