O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, defendeu, em reunião com o chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, nesta terça-feira, 30, a retirada das travas que impedem o uso da vacina Sputnik V no Brasil. “Chegamos à conclusão de que devemos aproximar posturas entre nossas agências reguladoras, para retirar as atuais demandas”, disse o integrante do governo brasileiro, em entrevista coletiva concedida junto com Lavrov, em Moscou. França destacou que há um compromisso do Brasil com a Organização Mundial da Saúde (OMS), de que quando a agência aprovar a vacina desenvolvida na Rússia contra a Covid-19, ela será “automaticamente autorizada” no país. O chanceler explicou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou o uso da Sputnik V com algumas condições, mas lembrou que representantes do órgão regulador estiveram recentemente na Rússia para debater as questões pendentes.
No encontro com Lavrov, França celebrou os índices da campanha de vacinação no país latino, considerada um exemplo para o mundo. “Uma grande parte dos brasileiros já está vacinada contra o novo coronavírus. Além disso, uma dose de reforço já está sendo oferecida”, afirmou o chanceler. O ministro detalhou que companhias farmacêuticas, como a União Química, já firmaram contratos para produzir a Sputnik e outros componentes, como a insulina. Ao fim da reunião, França e Lavrov assinaram um acordo de consultas políticas entre os Ministérios de Relações Exteriores dos dois países, para o período de 2022 a 2025. O chanceler do Brasil ainda agradeceu ao russo pelo apoio à candidatura do país para ter uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, o que foi alcançado para os próximos dois anos.
Fonte: jovempan
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