Em uma semana tensa no confronto entre Rússia e Ucrânia, diante das ameaças de Vladimir Putin e a decisão do Ocidente de enviar novas armas para que o país do Leste Europeu possa se defender, a China, que já se mostrou do lado dos russos, mas que também já ficou neutra no conflito, intensificou seu apoio retórico à Rússia. “Uma conclusão importante do sucesso das relações entre a China e a Rússia é que ambos os lados superam o modelo de aliança política e militar da era da Guerra Fria”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijian durante entrevista coletiva.
Esse posicionamento é uma crítica, realizada constantemente, à cooperação dos Estados Unidos com blocos como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Segundo ele, Moscou e Pequim “se comprometem a desenvolver um novo modelo de relações internacionais”. Esse modelo envolve não causar confrontos ou ter outras nações como alvo, disse Zhao em um briefing nesta sexta-feira, 29, em Pequim. “Isso é fundamentalmente diferente da mentalidade de Guerra Fria por trás dos esforços de alguns países por panelinhas e jogos de soma-zero”, declarou. Apesar das falas chinesas, não há indícios que eles já tenham ajudado a Rússia militarmente, entretanto retórico ao repetir teorias da conspiração russas.