21 de Novembro de 2024

China, Rússia, Alemanha, Reino Unido e outros líderes condenam invasão em Brasília


Sergio Lima / AFP

Diversas autoridades mundiais condenaram a invasão em Brasília ocorrida no último domingo, 8, por parte de manifestantes que contestam o resultado das eleições presidenciais de 2022. Nesta segunda-feira, 9, a Rússia divulgou uma nota repudiando os ataques e declarando apoio ao presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). “Condenamos, da maneira mais firme, as ações dos instigadores de distúrbios e apoiamos plenamente o presidente brasileiro Lula da Silva”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa. A China, também de manifestou. O  Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenb, declarou que o país “se opõe firmemente ao ataque violento” contra as sedes do poder no Brasil e destacou que Pequim “apoia as medidas tomadas pelo governo brasileiro para acalmar a situação, restaurar a ordem social e preservar a estabilidade nacional”. O chanceler alemão, Olaf Scholz, prestou solidariedade a Lula e ao povo brasileiro, e se referiu aos atos como “imagens terríveis”, e disse que os “ataques violentos contra as instituições democráticas são um atentado à democracia que não pode ser tolerado”. O premiê britânico, Rishi Sunak, disse que o petista tem total apoio do Reino Unido e condenou qualquer “tentativa de minas a transferência pacífica de poder e a vontade democrática do povo brasileiro”. Ele também se diz ansioso para fortalecer os laços estreitos com o Brasil nos próximos anos. 

No domingo, outros líderes, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o chefe de Estado da Argentina, Chile e México também já tinham se manifestado sobre o ocorrido. A Espanha disse em nota que o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, declarou que apoia “o governo democrático, eleito nas urnas” e condenou “a atuação dos grupos que se opõem aos resultados legítimos”. Nesta segunda, em entrevista à rádio Cadena Ser, o ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, disse ver um “traço trumpista” no assalto às sedes do poder no Brasil e advertiu que o “ressurgimento de movimentos ultra dispostos a atropelar tudo” é a maior ameaça à democracia. O Canadá também condenou o ataque e manifestou seu “apoio ao presidente Lula e às instituições democráticas do Brasil”. “O respeito do direito democrático das pessoas é primordial em toda democracia”, tuitou o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. A líder de extrema-direita e chefe de governo da Itália, Giorgia Meloni, considerou que “as imagens da invasão das sedes das instituições são incompatíveis com qualquer forma de desacordo democrático” e pediu “a volta à normalidade”.

 

A presidente do Peru, Dina Boluarte, em uma mensagem no Twitter, disse que “o uso da violência” e “a tentativa de assalto ao Congresso e à Presidência do Brasil”. Ela expressou solidariedade ao presidente Lula e ao povo brasileiro diante “desta investida intolerante por parte daqueles que procuram impor sua visão política, sem respeitar a lei e as instituições democráticas”. Horas antes, o governo peruano havia condenado “energicamente” o ataque às sedes do Congresso, do Executivo e do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, assim como “qualquer tentativa de desconsiderar” a legitimidade das eleições presidenciais de outubro do ano passado. A presidente de Honduras, Xiomara Castro, expressou seu “apoio incondicional” ao presidente do Brasil e convocou os líderes da América Latina a se deslocar para o Brasil se for necessário para defender a democracia. “Em nome do povo de Honduras, expresso meu apoio incondicional ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o fascismo já derrotado no Brasil”, escreveu Castro em sua conta no Twitter. “Convoco os presidentes da América Latina a se deslocarem para o Brasil, se necessário, para defender a democracia”, acrescentou. O presidente do Equador, Guillermo Lasso, condenou o ataque que ele classificou como “ações de desrespeito e vandalismo”. “Condeno as ações de desrespeito e vandalismo perpetradas contra instituições democráticas em Brasília, pois atentam contra a ordem democrática e a segurança cidadã”, escreveu Lasso em sua conta no Twitter. O chefe de Estado expressou seu apoio e de seu governo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “legalmente constituído”.

O presidente da República Dominicana, Luis Abinader, por meio de sua conta no Twitter, Abinader qualificou como “injustificáveis os atos de violência” contra os poderes do Estado no Brasil. “Em nome do Governo dominicano, manifesto o mais veemente repúdio e condenação aos injustificáveis ??atos de violência contra os poderes do Estado e da democracia no Brasil. Toda nossa solidariedade e apoio ao Governo e ao povo brasileiro”. O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, expressou a preocupação de seu país após as violentas ações contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília. “Estamos acompanhando com preocupação os acontecimentos que estão ocorrendo no Brasil. O caminho deve ser sempre o respeito às instituições, a democracia, a liberdade e a não violência”, publicou Abdo Benítez em sua conta no Twitter. O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, também se solidarizou. “Lamentamos e condenamos as ações realizadas no Brasil que ameaçam a democracia e as instituições”, declarou o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, em mensagem no Twitter.

 

 

 

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, solicitou domingo uma reunião de emergência da Organização dos Estados Americanos (OEA) para tratar da tentativa do golpe de Estado no Brasil. “Toda minha solidariedade a Lula e ao povo do Brasil. O fascismo decide dar um golpe. A direita não tem conseguido manter o pacto de não-violência. É urgente uma reunião da OEA, se ela quiser continuar a viver como uma instituição e aplicar a Carta Democrática”, disse Petro em mensagem publicada no Twitter.  O presidente colombiano acrescentou que propôs que seja fortalecido o “Sistema Interamericano de Direitos Humanos aplicando as normas vigentes e ampliando a carta aos direitos das mulheres, ambientais e coletivos”. O governo da Bolívia disse: “Rechaçamos as ações violentas das últimas horas, contra as instituições democráticas da República Federativa do Brasil, e reiteramos o nosso apoio ao povo irmão do Brasil e ao seu presidente, Lula da Silva, eleito. 

O governo da Nicarágua também repudiou as invasões. “O Governo de Reconciliação e Unidade Nacional da República da Nicarágua, em nome do povo e das famílias nicaraguenses, condena enfaticamente a tentativa de golpe que ocorreu nesta tarde no Brasil contra o recém-eleito governo legítimo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, disse o presidente nicaraguense, Daniel Ortega, em comunicado. Cuba condenou “energicamente” as invasões às sedes dos três poderes. Em mensagem no Twitter, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel,  escreveu: “Condenamos energicamente os atos violentos e antidemocráticos que ocorrem no Brasil, com o objetivo de gerar o caos e desrespeitar a vontade popular expressa com a eleição do presidente Lula”, escreveu Díaz-Canel.

 

 

A Comunidade de países do Caribe (Caricom) manifestou que condena “a invasão violenta de prédios do governo ocorrida em Brasília” e defendeu que “os envolvidos devem prestar contas”. Também pediu um rápido retorno à ordem e reafirmou seu compromisso com a democracia. A Liga Árabe, integrada por 22 países, lamentou o ataque às sedes dos três poderes e manifestou apoio e “melhores votos” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Fiquei profundamente entristecido com as cenas da tomada das instituições constitucionais brasileiras por massas indisciplinadas (…) De certa forma nos lembrou de eventos em outros países”, disse o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, no Twitter. “O Brasil é um país amigo e querido por todos, e lamentamos testemunhar tais eventos (…) desejamos ao amável presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva) o melhor na gestão dos assuntos deste importante país”, acrescentou. 

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, destacou que “estas ações são injustificáveis e de natureza fascista”, afirmou em um tuíte. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) declarou que “o direito de reunião deve ser pacífico, sem armas e com apego estrito ao Estado de Direito”. O secretário-geral da ONU, António Guterres, falou que “a vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas” e que ele tem plena confiança que asism será. A organização Human Rights Watch (HRW) culpou a “campanha” do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Este ataque é o resultado de uma campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos seus aliados para minar os princípios democráticos e difundir alegações infundadas de fraude eleitoral”, disse a diretora interina da HRW para as Américas, Tamara Taraciuk Broner, em comunicado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Fonte: jovempan

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