Apagões em casa e limitações no consumo de energia no polo industrial: esse é o cenário que a China enfrenta atualmente por causa de uma crise energética que afeta o país. O problema é causado majoritariamente pelo compromisso do governo em reduzir a emissão de poluentes na atmosfera, uma vez que 60% da matriz energética do país vem da queima do carvão. Segundo Rodrigo Giraldelli, que atua como especialista em importação da China há 20 anos, diz que esse cenário pode afetar o Brasil em breve. “O que a crise energética pode produzir aqui no Brasil como efeito colateral é aumento de preços ou falta de produtos. É uma questão muito simples: menos energia, menos produção. Menos produção, menos produtos disponíveis. Se houver uma demanda, o preço tende a subir”, Rodrigo. A China é considerada o principal parceiro comercial do Brasil. Não à toa, em 2021, 31% das importações brasileiras vieram do país asiático. Em 2022, de janeiro a novembro, esse número cresceu, gerando US$ 87 milhões de dólares.