20 de Setembro de 2024

Cidadãos reclamam da dificuldade em conseguir uniformes escolares das crianças em São Paulo


Secretaria de Educação de São Paulo

Cidadãos reclamam da dificuldade em conseguir uniformes escolares das crianças em São Paulo. As reclamações são várias e vão desde a dificuldade de encontrar o número certo das roupas até problemas técnicos com o aplicativo utilizado. Na última semana, o Tribunal de Contas do Município cobrou a prefeitura, pedindo explicações sobre a demora na entrega dos uniformes. No ofício, o TCM afirma que alguns estabelecimentos não estão fornecendo as roupas no ato da compra e nem cumprindo o prazo de entrega. O documento, assinado pelo conselheiro Maurício Faria, alega que as lojas estão obtendo vantagens indevidas e afirma: “Isso não estava previsto. Há um número grande de informações. Oficiamos pedindo providências, pois se trata de vantagem indevida para as empresas que podem estar recebendo e importando o uniforme da China. A lógica é que as empresas tenham um estoque básico ou, no máximo, peçam um prazo de dois ou três dias”. Desde o ano passado, a prefeitura de São Paulo adotou o programa Auxílio Uniforme, que concede um crédito de R$ 453,79 para a compra do kit completo do uniforme através do aplicativo Duepay. A expectativa é de que esse programa atende cerca de 650 mil alunos e que tenha um custo aos cofres públicos de mais de R$ 251 milhões.

A assistente administrativo Aline Gouveia tem três filhos matriculados no ensino municipal da cidade de São Paulo e tem enfrentado uma grande dificuldade para conseguir os uniformes escolares das crianças. Aline tenta há cinco meses conseguir o kit completo, mas não consegue. “Eu fui umas cinco vezes comprar e não tinha. A gente vai pegando picado, a numeração de um, a numeração de outro, mas eu não consegui ainda fechar a quantidade do uniforme que é exigido, por exemplo, a jaqueta, a blusa de frio, a calça”, conta. Aline diz também que o formato de aquisição não tem facilitado a compra. “Poderia talvez disponibilizar um cartão para o uniforme, porque aí outras pessoas da família também poderiam, porque na família tem o pai, tem a mãe, tem uma avó, tem outras pessoas responsáveis que podem retirar o uniforme. Isso ficou muito preso a uma pessoa só com aplicativo para poder retirar o uniforme”, diz.

A assistente de Recursos Humanos Pâmela Aparecida também não consegue o uniforme para a filha há anos. “Quando eu consegui acessar, apareceu que o saldo estava expirado. Quera era uma informação que eu não tinha, que o saldo expirava. E, aí, eu acabei não comprando o uniforme porque ela não estava indo para a escola. E, aí, no segundo semestre, informaram que ia cair o valor para comprar o uniforme deste ano, 2022, mas não caiu esse valor, e, no final do ano, informaram que no início do ano iria cair o valor do uniforme, também não caiu. Ela está usando ainda o uniforme que ela tinha em 2020, quando começou a pandemia.  Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação diz que prestará esclarecimentos ao TCM, afirmou que os créditos para a compra do uniforme estão disponíveis para os familiares utilizarem e que todas as lojas denunciadas, referente ao prazo de entrega, serão convocadas para esclarecimentos.

*Com informações da repórter Camila Yunes


Fonte: jovempan

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