O Comitê Olímpico Internacional (COI) emitiu um comunicado, na manhã desta quinta-feira, 2, informando que fez uma nova videoconferência com Peng Shuai, ex-número 1 do tênis nas duplas que estava desaparecida desde o começo de novembro, poucos dias depois de acusar o ex-vice-primeiro-ministro da China, Zhang Gaoli, de 75 anos, de forçá-la a fazer sexo. Em nota, a entidade também afirmou que marcou um encontro pessoal com a atleta para janeiro de 2022, a fim de sanar todas as dúvidas sobre seu paradeiro ou intimidações por conta da denúncia. O caso, que repercutiu mundialmente, chegou a fazer a Associação de Tênis Feminino (WTA) a suspender os campeonatos marcados para acontecer em solo chinês.
“Compartilhamos a mesma preocupação de muitas outras pessoas e organizações sobre o bem-estar e a segurança de Peng Shuai. É por isso que, ainda ontem, uma equipe do COI fez outra videoconferência com ela. Oferecemos amplo apoio, manteremos contato regular com ela e já combinamos um encontro pessoal em janeiro”, diz o COI. “Existem diferentes maneiras de alcançar seu bem-estar e segurança. Adotamos uma abordagem muito humana e centrada na pessoa em relação à situação dela. Como ela foi três vezes olímpica, o COI está tratando dessas questões diretamente com as organizações esportivas chinesas. Estamos usando a “diplomacia silenciosa” que, dadas as circunstâncias e com base na experiência de governos e outras organizações, é apontada como a forma mais promissora de proceder com eficácia em tais questões humanitárias”, completa o texto.
Presidente do COI, Thomas Bach já havia feito uma videoconferência com Peng há cerca de duas semanas. Como em seus comunicados anteriores sobre o caso, o COI não faz referência às acusações de agressões sexuais que Peng apresentou no início de novembro contra um ex-dirigente do governo chinês. Não pediu esclarecimentos sobre o tema nem garantias sobre as liberdades de movimentos da atleta. “Os esforços do COI levaram a uma videoconferência de meia hora com Peng Shuai em 21 de novembro, durante a qual ela explicou sua situação e parecia estar bem e em segurança, dada a difícil situação em que se encontra. Isso foi reconfirmado na ligação de ontem. Nossa abordagem humana e centrada na pessoa significa que continuamos a nos preocupar com sua situação pessoal e a apoiá-la”, completa a entidade.
Fonte: jovempan
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